MUNICÍPIO de COIMBRA
Nota: Deliberadamente continuo s escrever segundo as normas do ACORDO DE 1945
O Distrito de Coimbra subdivide-se nos seguintes dezassete municípios:
Arganil significa pequeno campo “Arganil é palavra portugueza antiga, diminutivo de arga, significa pequeno campo, campinho. Arga é corrupção de agra, campina, do latim agro, campo.”
(Portugal antigo e moderno – Diccionario: geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguesias de Portugal. Lisboa: Livraria Editora de Matos Moreira & Companhia, 1873. Vol. I. P. 238).
(1) Freguesias
Anobra
União de Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova
Ega
Furadouro
União de Freguesias de Sebal e Belide
União de Freguesias de Vila Seca e Bem da Fé
Zambujal
(1) - Freguesias
Carapelhos
Mira
Praia de Mira
Seixo
Oliveira do Hospital é um dos mais belos concelhos do distrito de Coimbra e da Serra da Estrela. Aqui o visitante depara-se com surpreendentes retratos e refúgios encantados. Vestígios que remontam à Pré-história e tantos outros registos edificados por todo o concelho espelham a grandeza desta região. A atual sede de concelho nasce na época da 2ª cruzada, quando em São João de Jerusalém, na Terra Santa, é fundado um Hospital que irá receber os peregrinos doentes, estropiados e vítimas de ataques e assaltos, em tão longa caminhada que os levaria junto do Santo Sepulcro.
O primitivo nome da povoação havia sido Ulvária, que significa terreno alagadiço, onde há ulvas; de Ulvária terá derivado para Ulveira e daqui, por analogia e deturpação, para Oliveira. O nome «do Hospital» resulta exatamente da atribuição de uma Comenda à Ordem dos Monges de S. João de Jerusalém, Ordem dos Hospitalários, também conhecida por Ordem de Malta. Foi pois, no ano de 1120, que a Rainha Dª. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, fez a doação desta vila aos cavaleiros da referida Ordem. Tratava-se inicialmente de uma herdade entre Bobadela e Oliveira do Hospital, depois acrescentada em doações particulares e alargada nos seus domínios. Supõe-se mesmo que era exatamente em Oliveira do Hospital que a Ordem de Malta tinha a sua sede ou convento principal em edifício implantado no local onde atualmente se encontra o edifício dos Paços do Município e a Igreja Matriz.
Quando D. João III mandou fazer o Cadastro da População do Reino existiam na área do atual Concelho de Oliveira do Hospital, além desta, mais as seguintes Vilas ou Concelhos: Avô, Bobadela, Ervedal, Lagares, Lageosa, Lagos, Lourosa, Nogueira, Penalva de Riba d’Alva, São Sebastião de Riba d’Alva, Seixo e Vila Pouca da Beira. D. Manuel I concedeu-lhe foral novo em 27 de Fevereiro de 1514
O topónimo "Penacova" deriva da aglutinação dos elementos "Pen" - vocábulo cantábrico que originou a palavra portuguesa penha (monte, rochedo) - e "Cova", que deriva do facto da eminência rochosa se erguer de um vale profundo. A explicação popular atribui o nome da vila à existência de muitos corvos na Penha dos Corvos evocando para justificação os dois corvos que figuram no brasão de armas da vila.
O lugar de "Penna Cova" tem origem anterior à fundação da nacionalidade, desconhecendo-se a data da sua fundação. Existem dúvidas se será fruto da reconquista de D. Afonso III das Astúrias, no fim do século XI, ou se terá origem na vila rústica de "Vila Cova", hoje Granja do Rio.
A referência mais antiga reporta-se a uma notícia indirecta: a da villa-herdade de Villa Cova, apresurada pelos “servos” de Diogo Fernandes a um Idris (muçulmano). A posse desta villa da área de Penacova (que teria cerca de 350 hectares) foi, em 911, reconhecida a Diogo Fernandes pelo rei Ordonho II das Astúrias.
Num caso que merece especial referência, a villa-herdade de Villa Cova foi delimitada, em 936, pelo conde Ximeno Dias, a pedido dos homines de Alkinitia e dos homines de uma outra villa-aldeia de Villa Cova. Supomos que estas villas-aldeias de Alkinitia e Villa Cova eram aldeias de pequenos proprietários alodiais (proprietários com plenas posses sobre as suas herdades) com uma organização que poderemos chamar pré-concelhia.
A quando do povoamento, na região de Coimbra, poderá não ter havido, no período de 987 a 1064 (data da reconquista definitiva de Coimbra por Fernando Magno), maior crescimento do que aquele que naturalmente derivou da população existente: não terá havido imigração de Cristãos nem talvez, por outro lado, grande afluxo de Muçulmanos. O certo é que só duas aldeias aparecem, pela primeira vez, na documentação: Ourentã (em 1017) e Penacova (1036).
Em 1105 são relatadas contendas entre os homens do Mosteiro de Lorvão e os moradores do castelo, que seriam harmonizadas pelo Conde D. Henrique (já Condado Portucale).
Em 1192, foi-lhe atribuído Foral por D. Sancho I, que viria a ser confirmado, a 06 de Novembro de 1217, por Afonso II. Em 1513, D. Manuel atribui-lhe Foral Novo.
O senhorio da vila de Penacova foi atribuído por Carta Régia a 1 de Março de 1422 pelo Mestre de Avis, na qualidade de regedor e defensor do reino a Nuno Fernandes de Cordovelos. Começou assim a linhagem dos “senhores de Penacova “ que haveria de passar pelos Ataídes, os condes de Odemira e terminar nos duques de Cadaval.
Em 1605, no reinado de D. Filipe II, foi elevada à categoria de Concelho, pertencendo à correição de Coimbra.
Vila Nova de Poiares é uma vila portuguesa, localizada no Distrito de Coimbra, Região Centro e sub-região do Pinhal Interior Norte, com cerca de 3 800 habitantes.
História
O Distrito de Coimbra subdivide-se nos seguintes dezassete municípios:
Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares
Arganil
O Concelho de Arganil, distrito de Coimbra, situa-se na Região Centro, antiga Região do Pinhal Interior Norte.
É limitado a norte por Tábua e Oliveira do Hospital; a oeste por Penacova e Vila Nova de Poiares; a sul por Góis e Pampilhosa da Serra; e a este por Covilhã e Seia, do distrito da Guarda. É ainda delimitado a Sudeste pelo Rio Ceira e a Norte pelo Rio Alva.
Tem uma área de 332,9 km2, que se subdivide em 14 freguesias e uniões de freguesia:
É limitado a norte por Tábua e Oliveira do Hospital; a oeste por Penacova e Vila Nova de Poiares; a sul por Góis e Pampilhosa da Serra; e a este por Covilhã e Seia, do distrito da Guarda. É ainda delimitado a Sudeste pelo Rio Ceira e a Norte pelo Rio Alva.
Tem uma área de 332,9 km2, que se subdivide em 14 freguesias e uniões de freguesia:
Arganil,
Benfeita, (Aldeia do Xisto)
Celavisa,
Folques,
Piódão,
Pomares,
Pombeiro da Beira,
São Martinho da Cortiça,
Sarzedo,
Secarias,
União de Freguesias de Cerdeira e Moura da Serra,
União de Freguesias de Côja e Barril de Alva,
União de Freguesias de Vila Cova do Alva (aldeia do xisto) e Anceriz, (Aldeia do Xisto)
União de Freguesias de Cepos e Teixeira.
Benfeita, (Aldeia do Xisto)
Celavisa,
Folques,
Piódão,
Pomares,
Pombeiro da Beira,
São Martinho da Cortiça,
Sarzedo,
Secarias,
União de Freguesias de Cerdeira e Moura da Serra,
União de Freguesias de Côja e Barril de Alva,
União de Freguesias de Vila Cova do Alva (aldeia do xisto) e Anceriz, (Aldeia do Xisto)
União de Freguesias de Cepos e Teixeira.
Arganil - Santuário da Senhora Mont'Alto
Arganil significa pequeno campo “Arganil é palavra portugueza antiga, diminutivo de arga, significa pequeno campo, campinho. Arga é corrupção de agra, campina, do latim agro, campo.”
(Portugal antigo e moderno – Diccionario: geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguesias de Portugal. Lisboa: Livraria Editora de Matos Moreira & Companhia, 1873. Vol. I. P. 238).
Cantanhede
Cantanhede é uma cidade portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Baixo Mondego, com cerca de 5 700 habitantes.
É sede de um município com 390,88 km² de área e 36 595 habitantes (2011), subdividido em 14 freguesias.(1)
O município é limitado a norte pelos municípios de Vagos, Oliveira do Bairro e Anadia, a leste por Mealhada, a sueste por Coimbra, a sul por Montemor-o-Velho e por Figueira da Foz, a noroeste por Mira e a oeste tem costa no Oceano Atlântico.
(1) Freguesias
Ançã
Cadima
União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça
Cordinhã
União de Freguesias de Covões e Camarneira
Febres
Murtede
Ourentã
União de Freguesias de Portunhos e Outil
Sanguinheira
São Caetano
União de Freguesias de Sepins e Bolho
Cantanhede - Igreja e Estátua equestre de D. António Luiz de Meneses (Militar e Político)
O topónimo Cantanhede vem da raiz celta cant, que significa “pedra grande”, e relaciona-se com as pedreiras existentes na região. Daqui nasceu o primitivo “Cantonieti”, mencionado na documentação dos séculos XI, XII e XIII também com as grafias “Cantoniedi” “Cantonidi” “Cantonetu”.
As primeiras referências históricas remontam a 1087, data em que D. Sisnando, governador de Coimbra, a teria mandado fortificar e povoar. Segundo alguns autores, D. Afonso II terá dado foral a Cantanhede, posteriormente confirmado pelo foral outorgado por D. Manuel I, em 20 de Maio de 1514.
Foram seus donatários os Meneses, tendo sido D. Pedro de Meneses o primeiro Conde de Cantanhede, título nobiliárquico criado por D. Afonso V por carta datada de 6 de Julho de 1479. O título seria depois renovado por Filipe II, em 1618, na pessoa de seu neto e pai de D. António Luís de Meneses, 3º Conde de Cantanhede e 1º Marquês de Marialva, que se notabilizou nas Batalhas de Linhas de Elvas e Montes Claros e que foi um dos vultos mais importantes da Restauração de 1640.
Coimbra Brasão
Sempre dei como certa que a figura feminina representada no Brasão de Coimbra era a Rainha Santa Isabel, padroeira da cidade.
Pesquisas na área da Heráldica dão-me uma outra versão e que dou como mais plausível
"O brasão da cidade de Coimbra é formado por uma taça em ouro colocada em campo vermelho. Em meio corpo dentro de uma taça de ouro surge uma donzela de mãos postas, que enverga um manto de prata e uma coroa ducal. À sua direita tem um leão de ouro e à esquerda um dragão verde, ambos batalhantes.
Já muito se escreveu sobre este brasão, mas a lenda relatada por Frei Bernardo de Brito é, sem dúvida, a mais bela e a de maior aceitação.
Ataces, rei dos Alanos, depois de destruir completamente a cidade de Conímbriga, decidiu fundar ou restaurar uma outra com o mesmo nome na margem direita do Mondego.
Quando Ataces andava a dirigir a edificação dessa nova Coimbra, eis que subitamente surge o rei suevo Hermenerico com o seu exército, para dela se apoderar e se vingar de derrotas sofridas. O combate que se travou entre as duas facções foi de tal modo sangrento que as águas do Mondego se tingiram de vermelho.
Hermenerico retirou-se para o Norte, mas Ataces foi em sua perseguição e o rei suevo viu-se forçado a pedir a paz. Para tanto, ofereceu ao vencedor a mão da princesa Cindazunda, sua filha. Como é de regra em tais casos, diz a lenda que Cindazunda era extremamente bela e que Ataces logo dela se enamorou. Vem o régio par de noivos a caminho de Coimbra, acompanhado de sogro e pai, e em breve se realizam os esponsais e bodas, com a magnificência devida.
Para comemorar tão extraordinário acontecimento, Ataces concedeu à cidade de Coimbra o brasão que ainda hoje se mantém no fundamental. A donzela coroada é Cindazunda; a taça representa o seu casamento com Ataces; o leão é o timbre de Ataces; o dragão, o timbre de Hermenerico.
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Nota: Coimbra é uma das poucas cidades portuguesas, 16 no total, que foi agraciada com um colar Ordem Militar da Torre Espada, Grau Oficial, concessão de João do Canto e Castro (PR) em 26 de Abril de 1919 e que ostenta ao redor do seu brasão
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Nota: Coimbra é uma das poucas cidades portuguesas, 16 no total, que foi agraciada com um colar Ordem Militar da Torre Espada, Grau Oficial, concessão de João do Canto e Castro (PR) em 26 de Abril de 1919 e que ostenta ao redor do seu brasão
Universidade de Coimbra
Condeixa-a-Nova
Condeixa-a-Nova é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Baixo Mondego, com cerca de 5 100 habitantes.
Situa-se a 10 km da capital do distrito.
É sede de um município com 138,68 km² de área[1] e 17 078 habitantes (2011),subdividido em 7 freguesias (1) (1) Freguesias
Anobra
União de Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova
Ega
Furadouro
União de Freguesias de Sebal e Belide
União de Freguesias de Vila Seca e Bem da Fé
Zambujal
Condeixa - Igreja Matriz
Marca maior da civilização romana e ex-líbris do concelho, Conimbriga é um forte cartão de visita. Reduto fascinante da História, o apelo do passado faz-se aqui sentir vivamente.
A beleza paisagística do concelho permite também apontar vários locais de interesse a quem o queira visitar. Fenómenos geológicos como os lapiás ou as Buracas do Casmilo atraem cada vez mais curiosos à Serra de Sicó, à procura das formas diferenciadoras que o calcário cria. Do reino da pedra pode passar-se rapidamente ao império da água, graças à Reserva Natural do Paul de Arzila, um verdadeiro santuário de vida natural.
Conimbriga - Ruínas Romanas
Figueira da Foz
A Figueira da Foz é uma cidade portuguesa no Distrito de Coimbra, inserida na região Centro e sub-região do Baixo Mondego e situada na foz do rio Mondego com o Oceano Atlântico.
É a segunda maior cidade do distrito de Coimbra, com cerca de 28 000 habitantes. Foi conhecida como "Rainha das Praias de Portugal". Recentemente, o Cabo Mondego,no promontório conhecido como Serra da Boa Viagem, nos arredores da Figueira da Foz, foi declarado Monumento Natural Nacional
É sede de um município, com 379,05 km² de área] e 62 125 habitantes (2011), subdividido em 14 freguesias. (1)
O município é limitado a norte pelo município de Cantanhede, a leste por Montemor-o-Velho e Soure, a sul por Pombal e a oeste pelo Oceano Atlântico.
(1) Freguesias
Alhadas
Alqueidão
Bom Sucesso
União de Freguesias de Buarcos e São Julião (*)
Ferreira-a-Nova
Lavos
Maiorca
Marinha das Ondas
Moinhos da Gândara
Paião
O município é limitado a norte pelo município de Cantanhede, a leste por Montemor-o-Velho e Soure, a sul por Pombal e a oeste pelo Oceano Atlântico.
(1) Freguesias
Alhadas
Alqueidão
Bom Sucesso
União de Freguesias de Buarcos e São Julião (*)
Ferreira-a-Nova
Lavos
Maiorca
Marinha das Ondas
Moinhos da Gândara
Paião
Quiaios
São Pedro (*)
Tavarede (*)
Vila Verde (*)
(*) - Integradas na malha urbana da Figueira
HISTÓRIA
A situação estratégica e privilegiada e as margens do rico estuário do rio Mondego, levaram ao longo da história à fixação de numerosas civilizações, nas terras que viriam a constituir o concelho da Figueira da Foz.
As origens da ocupação do território remontam à Pré-história, contudo os romanos legaram marcas da sua presença, das quais se podem destacar as inscrições em dois denários — um da família Vibia, outro do imperador Octávio Augusto.
Dos sarracenos apenas se sabe que arrasaram a povoação em 717.
Foi o conde Sesnando, moçárabe natural de Tentúgal, que conduziu a reconquista cristã.
O mosteiro de Santa Cruz de Coimbra ciente da posição estratégica da localidade como porto de mar, inicia no séc. XI o povoamento das terras.
Nos séculos que se seguiram os sucessivos reis foram concedendo privilégios à igreja, nomeadamente ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (metade da terra de Redondo, Lavos e Quiaios, por testamento de D. Afonso Henriques; metade das marinhas de sal em Casseira, por venda de D. Sesnando), à Igreja de Santa Maria de Coimbra (a Vila de Tavarede, por doação de D. Sancho I), alargando assim o território da Figueira da Foz.
No século XIII O cabido da Sé de Coimbra atribui, em carta de foro, as herdades e montes da Tamargueira, a Domingos Ioanes Martinho Miguel e Martinho Gonçalves.
Desde então, a população foi crescendo de forma constante.
Já no século XIV, em 1342, o rei D. Afonso IV faz doação de Foral a Buarcos.
Em 1362 D. Pedro dá ordem à Mitra e Cabido da Sé de Coimbra para que esta possa nomear nos seus coutos, de Tavarede e lugar da Figueira, os funcionários administrativos e tabeliães necessários para o bom funcionamento da conduta dos seus povos.
No século XV, em 1456, partem caravelas de Buarcos a caminho de Ceuta e dez anos depois o Príncipe D. João (II) recebe de seu pai, D. Afonso V, a terra de Buarcos , com a jurisdição cível e crime.
No decorrer do século XVI a população é assolada por constantes ataques piratas. Foi então que se fez necessária a construção do Forte de Santa Catarina para a defesa da zona.
Os ataques piratas voltariam a fazer-se sentir no século XVII, tendo a Figueira da Foz e Buarcos sido saqueadas, as igrejas profanadas e o forte de Santa Catarina ocupado.
A importância adquirida pelo povoada da Figueira da Foz leva El Rei D. José, a conceder-lhe, por decreto de 12 de março de 1771, a categoria de Vila.
Em 1773, começa a exploração da mina do Cabo Mondego, denominada, à data, de mina do Focinho da Figueira e surgem o caminho-de-ferro e a estrada Pampilhosa-Figueira.
Em 1807, o Forte de Santa Catarina é ocupado por uma guarnição pertencente ao exército de Junot, o qual viria a dominar toda a região entre Coimbra e Figueira da Foz.
Um ano depois termina, com a conquista do Forte de Santa Catarina pelo grupo de voluntários liderados pelo académico Bernardo António Zagalo, o domínio da região, por parte das forças napoleónicas. O exército de Wellesley, futuro duque de Wellington, desembarca nesse mesmo ano, em agosto de 1808, cerca de três mil homens na baía do Mondego.
No início do séc. XIX, a grande dinâmica e riqueza produzida pelo porto e o desenvolvimento da construção naval, fazem a população da Figueira da Foz quase duplicar. Nos finais do século a cidade adquire um novo impulso económico, motivado pela vinda da aristocracia, que começa a dar-se banhos nas águas límpidas das praias de areia dourada na costa de Figueira da Foz.
A 20 de Setembro de 1882 a Figueira da Foz foi elevada à categoria de cidade.
Fontes:
Do passado ao presente - Elementos subsidiários para o estudo do concelho da Figueira da Foz: história local 1080-1822, Figueira da Foz, 1989
São Pedro (*)
Tavarede (*)
Vila Verde (*)
(*) - Integradas na malha urbana da Figueira
Figueira da Foz - Praia do Relógio
HISTÓRIA
A situação estratégica e privilegiada e as margens do rico estuário do rio Mondego, levaram ao longo da história à fixação de numerosas civilizações, nas terras que viriam a constituir o concelho da Figueira da Foz.
As origens da ocupação do território remontam à Pré-história, contudo os romanos legaram marcas da sua presença, das quais se podem destacar as inscrições em dois denários — um da família Vibia, outro do imperador Octávio Augusto.
Dos sarracenos apenas se sabe que arrasaram a povoação em 717.
Foi o conde Sesnando, moçárabe natural de Tentúgal, que conduziu a reconquista cristã.
O mosteiro de Santa Cruz de Coimbra ciente da posição estratégica da localidade como porto de mar, inicia no séc. XI o povoamento das terras.
Nos séculos que se seguiram os sucessivos reis foram concedendo privilégios à igreja, nomeadamente ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (metade da terra de Redondo, Lavos e Quiaios, por testamento de D. Afonso Henriques; metade das marinhas de sal em Casseira, por venda de D. Sesnando), à Igreja de Santa Maria de Coimbra (a Vila de Tavarede, por doação de D. Sancho I), alargando assim o território da Figueira da Foz.
No século XIII O cabido da Sé de Coimbra atribui, em carta de foro, as herdades e montes da Tamargueira, a Domingos Ioanes Martinho Miguel e Martinho Gonçalves.
Desde então, a população foi crescendo de forma constante.
Já no século XIV, em 1342, o rei D. Afonso IV faz doação de Foral a Buarcos.
Em 1362 D. Pedro dá ordem à Mitra e Cabido da Sé de Coimbra para que esta possa nomear nos seus coutos, de Tavarede e lugar da Figueira, os funcionários administrativos e tabeliães necessários para o bom funcionamento da conduta dos seus povos.
No século XV, em 1456, partem caravelas de Buarcos a caminho de Ceuta e dez anos depois o Príncipe D. João (II) recebe de seu pai, D. Afonso V, a terra de Buarcos , com a jurisdição cível e crime.
No decorrer do século XVI a população é assolada por constantes ataques piratas. Foi então que se fez necessária a construção do Forte de Santa Catarina para a defesa da zona.
Os ataques piratas voltariam a fazer-se sentir no século XVII, tendo a Figueira da Foz e Buarcos sido saqueadas, as igrejas profanadas e o forte de Santa Catarina ocupado.
Buarcos - Muralhas beira-mar - anos 70 Séc. XX
A importância adquirida pelo povoada da Figueira da Foz leva El Rei D. José, a conceder-lhe, por decreto de 12 de março de 1771, a categoria de Vila.
Em 1773, começa a exploração da mina do Cabo Mondego, denominada, à data, de mina do Focinho da Figueira e surgem o caminho-de-ferro e a estrada Pampilhosa-Figueira.
Em 1807, o Forte de Santa Catarina é ocupado por uma guarnição pertencente ao exército de Junot, o qual viria a dominar toda a região entre Coimbra e Figueira da Foz.
Um ano depois termina, com a conquista do Forte de Santa Catarina pelo grupo de voluntários liderados pelo académico Bernardo António Zagalo, o domínio da região, por parte das forças napoleónicas. O exército de Wellesley, futuro duque de Wellington, desembarca nesse mesmo ano, em agosto de 1808, cerca de três mil homens na baía do Mondego.
No início do séc. XIX, a grande dinâmica e riqueza produzida pelo porto e o desenvolvimento da construção naval, fazem a população da Figueira da Foz quase duplicar. Nos finais do século a cidade adquire um novo impulso económico, motivado pela vinda da aristocracia, que começa a dar-se banhos nas águas límpidas das praias de areia dourada na costa de Figueira da Foz.
A 20 de Setembro de 1882 a Figueira da Foz foi elevada à categoria de cidade.
Fontes:
Do passado ao presente - Elementos subsidiários para o estudo do concelho da Figueira da Foz: história local 1080-1822, Figueira da Foz, 1989
Góis
Góis é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Pinhal Interior Norte, com menos de 2 000 habitantes.
É sede de um município com 263,30 km² de área e 4 260 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. (1)
O município é limitado a norte pelo município de Arganil, a leste por Pampilhosa da Serra, a sudoeste por Pedrógão Grande e por Castanheira de Pera, a oeste pela Lousã e a noroeste por Vila Nova de Poiares. Góis também e conhecida por ser a capital do Rio Ceira
(1) Freguesias
Alvares
União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal
Gois
Vila Nova do Ceira
Gois - Igreja Matriz
Aldeias do Xisto
O concelho de Góis possui quatro do conjunto de aldeias, designadamente, as aldeias de
Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena.
História
Com mais de oito séculos de existência, a Vila de Góis está situada a cerca de 40 Km de Coimbra, num vale estreito e profundo, o Vale do Ceira, encravado entre as serras do Carvalhal e do Rabadão.
Cinco freguesias, dispostas em dois conjuntos geográficos distintos, compõem o concelho de Góis.
O primeiro, formado pelas freguesias do Colmeal, Vila Nova do Ceira, Góis e Cadafaz, tem no Rio Ceira o seu elemento unificador.
A freguesia de Alvares constitui, por seu turno, uma realidade diferente, onde podemos encontrar duas ribeiras, Mega e Sinhel.
Lousã
A Lousã é uma vila portuguesa no distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Pinhal Interior Norte.
É sede de um município com 138,40 km² de área e 17 604 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. (1)
O município é limitado a norte por Vila Nova de Poiares, a nordeste por Arganil (numa escassa centena de metros), a leste por Góis, a sudeste por Castanheira de Pera, a sul por Figueiró dos Vinhos e a oeste por Miranda do Corvo.
(1) Freguesias
União de Freguesias de Foz de Arouce e Casal de Ermio
Gândaras
União de Freguesias de Lousã e Vilarinho
Serpins
Aldeias do Xisto
Candal (Lousã)
Casal Novo (Lousã)
Cerdeira (Lousã)
Chiqueiro
Talasnal
História
É sede de um município com 138,40 km² de área e 17 604 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. (1)
O município é limitado a norte por Vila Nova de Poiares, a nordeste por Arganil (numa escassa centena de metros), a leste por Góis, a sudeste por Castanheira de Pera, a sul por Figueiró dos Vinhos e a oeste por Miranda do Corvo.
(1) Freguesias
União de Freguesias de Foz de Arouce e Casal de Ermio
Gândaras
União de Freguesias de Lousã e Vilarinho
Serpins
Aldeias do Xisto
Candal (Lousã)
Casal Novo (Lousã)
Cerdeira (Lousã)
Chiqueiro
Talasnal
Lousã - Câmara Municipal e Igreja Matriz
História
Depois da conquista permanente pelo Reino de Leão da cidade de Coimbra em 1064, a repovoação do território fez-se mais intensa. Atribui-se ao alcaide Sesnando Davides a ordem de fortificar e de reconstruir as edificações, entre elas o Castelo de Arouce (Castelo da Lousã). Do domínio muçulmano, há várias lendas que explicam a fundação do Castelo e outras sobre a vila. Em 1151 o rei Afonso Henriques deu-lhe carta de foral.
Os marcos fundamentais da História da Lousã
O território de Arouce, cujo Castelo já era mencionado no Foral de Miranda do Corvo (1136), é contemplado por D. Afonso Henriques com um Foral em 1151.
Num outro documento régio, em 1160, alude-se à Lousã independentemente de Arouce, bem como a Vilarinho, o que prova que a bacia lousanense e a escarpa de Arouce com o seu castelo eram realidades distintas. Alvará de Licença de D. João III, de 23 de maio de 1537, para os moradores da Lousã fazerem o Bodo de São João.
(original que se encontra no Arquivo Histórico da Biblioteca Municipal da Lousã.)
A Lousã, na Idade Média, continuou a prosperar e, como tantas outras terras do reino, viu o seu velho foral confirmado em tempo de governo de D. Afonso II, conjunto de normas, privilégios e deveres que estariam em vigor até aos alvores do Mundo Moderno pois só em 1513 viria a ser revogado com a entrada a 25 de outubro desse ano, de nova carta dada por D. Manuel I.
Foram Senhores da Lousã:
D. João Afonso, filho bastardo de D. Diniz; o príncipe D. Pedro, duque de Coimbra, cujas tropas junto de Serpins e Vilarinho se prepararam para dar combate ao exército do seu meio irmão, o duque de Bragança, D. Afonso; Pedro de Góis; Pedro Machado; Francisco Machado; D. Jorge, filho de D. João II e fundador da Casa Ducal de Aveiro, entre outros.
Depois da conquista permanente pelo Reino de Leão da cidade de Coimbra em 1064, a repovoação do território fez-se mais intensa. Atribui-se ao alcaide Sesnando Davides a ordem de fortificar e de reconstruir as edificações, entre elas o Castelo de Arouce (Castelo da Lousã). Do domínio muçulmano, há várias lendas que explicam a fundação do Castelo e outras sobre a vila. Em 1151 o rei Afonso Henriques deu-lhe carta de foral.
Mira
Mira é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Baixo Mondego, com cerca de 7 300 habitantes.
É sede de um município com 124,03 km² de área e 12 465 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. (1)
O município é limitado a norte pelo município de Vagos, a leste e a sul por Cantanhede e a oeste tem litoral no Oceano Atlântico.
(1) - Freguesias
Carapelhos
Mira
Praia de Mira
Seixo
Vila de Mira - Pelourinho
Vila de Mira - Praia - Igreja e Memorial
História
A ocupação humana do actual concelho de Mira remonta há centenas de milhares de anos. Há indícios e vestígios antigos da vida humana que remontam a épocas antiquíssimas, que podem ser integrados no Paleolítico Antigo, tal como instrumentos simples de pedra talhada. Pode mesmo afirmar-se, em função dos sítios arqueológicos detectados e das suas características, que durante o Paleolítico existiu uma ocupação intensa da Região.Da época romana também se encontraram diversos materiais de construção, nomeadamente "tegulae" (telhas) e cerâmica doméstica, vestígios de casais romanos, que constituem os testemunhos mais antigos das primeiras moradas permanentes dos pescadores-agricultores das actuais terras Mira.
Já no período Muçulmano, toda a região terá sido palco de guerras entre cristãos e árabes, até que, em 1064, se deu finalmente a afirmação do poder dos cristãos com a conquista de Coimbra. Toda a influência árabe foi sempre muito nítida, tendo mesmo a região um dos maiores focos de moçarabismo de toda a península. Durante estas “lutas” foram emergindo, nas linhas de fronteiras e linhas de separação de territórios, diversas novas localidades, com ocupação contínua e definitiva dos territórios conquistados. Entre elas, conta-se Mira.
É a partir desta altura que melhor se conhece a História das terras de Mira.
Por altura em que as terras, que hoje são Portugal e se estendem até ao Mondego, pertenciam ao reino de Leão e Castela, o rei Afonso VI doou-as a sua filha mais velha, D. Urraca e a seu marido, Conde D. Raimundo. Foi já sob o poder de Urraca, no ano de 1095, que Mira viria a aparecer documentada, na confirmação da sua posse a Soleima Godinho, que foi distinguido com a doação de vários bens, entre eles a villa de Mira, que ele já possuiria, a título precário, de tempo anterior que se desconhece.
Em 1132, Soleima Godinho acabaria por legar metade das suas herdades em Montemor e da Igreja de São Tomé de Mira, ao recém fundado Mosteiro de Santa Cruz, da Cidade de Coimbra. Esta instituição levou a cabo um intenso desenvolvimento das terras de Mira, procurando fixar os homens e retirar o rendimento possível da terra, conforme se pode aferir num contrato com os povoadores da Ermida de Santa Maria de Mira, em 1183. Surgiram então os lugares pelos arredores, Ermida, Corujeira, Portomar e nasceram lugares de culto (a ermida de Santa Maria de Mira a par da igreja de São Tomé).
Após a grande recessão do século XIV, que também terá atingido terras de Mira, chegando mesmo a desaparecer alguns lugares até aí conhecidos, foi a realeza, na dinastia de Avis, que lhe trouxe novo e grande impulso de desenvolvimento. D. João I beneficiou seu filho, Pedro, tornando-o duque de Coimbra, senhor de Montemor, da vila de Aveiro e das terras de Mira. Terá sido D. Pedro, o senhor de Mira, quem mais se interessou pelo lugar, e, em 12 de Outubro de 1442 concede carta de privilégios aos moradores de Mira (carta esta que foi confirmada pelo seu sobrinho, rei Afonso V, a 22 de Julho de 1447).
Em 12 de Julho de 1448, D. Afonso V doa oficialmente, ao Infante D. Pedro, seus filhos e netos, as vilas de Mira e Aveiro e simultaneamente desanexa Mira do termo de Coimbra, elevando-a a concelho e concedendo-lhe autonomia administrativa.
Em 1497, a 3 de março, o rei D.Manuel I doa os direitos reais de Mira a Gonçalo Tavares, e em 27 de agosto de 1514 assina o foral concedido a estas terras, como instrumento de governação local, garantindo a representatividade do povoado e seus habitantes, relativamente a obrigações e encargos, limitando o poder dos senhores em favor dos povos.
O senhorio de Mira manteve-se na família dos Tavares até que, no reinado de D. João IV, por doação desse rei a sua esposa D. Luisa de Gusmão, passou a integrar o património da Casa das Rainhas. Foi D. Luisa de Gusmão, que em 2 de abril de 1644, ordenou ao corregedor, da Comarca de Coimbra, a tomada de posse da vila e seu termo, e aí se manteve até 1833 (aquando da extinção do regime senhorial, do reconhecimento da garantia plena da propriedade privada e no controlo exclusivo pela lei e pelos tribunais).
Todo o século XIX foi rico em reformas administrativas. Mira, tradicionalmente ligada à cidade do Mondego, pertenceu administrativamente ao distrito de Aveiro. A freguesia da Mamarosa esteve integrada no concelho de Mira, havendo um documento de 30 de Junho de 1837 que referia que o concelho de Mira tinha duas freguesias, Mira e Mamarosa (esta freguesia pertenceu a Mira até 31 de Dezembro de 1853, tal como a freguesia de Covão do Lobo pertenceu ao concelho de Mira de 1853 a 1855).
Em 1839, o concelho estava integrado na Comarca de Aveiro e em 1852 na de Anadia. No ano de 1853, o decreto de 31 de Dezembro reintegrou o concelho de Mira no Distrito de Coimbra.
O concelho teve uma efémera extinção, resultado da lei de 26 de Junho de 1867 que preconizava uma reforma administrativa, regulamentada por decreto de 10 de Dezembro desse mesmo ano, que extinguia vários concelhos, entre os quais Mira e Vagos, tendo Mira ficado integrada no concelho de Cantanhede. Entretanto, o decreto de 14 de Janeiro de 1868 anulou a lei e decreto anterior, pelo que o concelho de Mira esteve extinto um mês e quatro dias.
Novamente por decreto, de 7 de Setembro de 1895, após as reformas administrativas do início do liberalismo, Mira voltou a ser incorporada no concelho de Cantanhede. Mas após um período de dois anos e quatro meses, voltou a recuperar a sua autonomia, acabando o concelho por ser restaurado, por decreto de 13 de Janeiro de 1898.
Já no período Muçulmano, toda a região terá sido palco de guerras entre cristãos e árabes, até que, em 1064, se deu finalmente a afirmação do poder dos cristãos com a conquista de Coimbra. Toda a influência árabe foi sempre muito nítida, tendo mesmo a região um dos maiores focos de moçarabismo de toda a península. Durante estas “lutas” foram emergindo, nas linhas de fronteiras e linhas de separação de territórios, diversas novas localidades, com ocupação contínua e definitiva dos territórios conquistados. Entre elas, conta-se Mira.
É a partir desta altura que melhor se conhece a História das terras de Mira.
Por altura em que as terras, que hoje são Portugal e se estendem até ao Mondego, pertenciam ao reino de Leão e Castela, o rei Afonso VI doou-as a sua filha mais velha, D. Urraca e a seu marido, Conde D. Raimundo. Foi já sob o poder de Urraca, no ano de 1095, que Mira viria a aparecer documentada, na confirmação da sua posse a Soleima Godinho, que foi distinguido com a doação de vários bens, entre eles a villa de Mira, que ele já possuiria, a título precário, de tempo anterior que se desconhece.
Em 1132, Soleima Godinho acabaria por legar metade das suas herdades em Montemor e da Igreja de São Tomé de Mira, ao recém fundado Mosteiro de Santa Cruz, da Cidade de Coimbra. Esta instituição levou a cabo um intenso desenvolvimento das terras de Mira, procurando fixar os homens e retirar o rendimento possível da terra, conforme se pode aferir num contrato com os povoadores da Ermida de Santa Maria de Mira, em 1183. Surgiram então os lugares pelos arredores, Ermida, Corujeira, Portomar e nasceram lugares de culto (a ermida de Santa Maria de Mira a par da igreja de São Tomé).
Após a grande recessão do século XIV, que também terá atingido terras de Mira, chegando mesmo a desaparecer alguns lugares até aí conhecidos, foi a realeza, na dinastia de Avis, que lhe trouxe novo e grande impulso de desenvolvimento. D. João I beneficiou seu filho, Pedro, tornando-o duque de Coimbra, senhor de Montemor, da vila de Aveiro e das terras de Mira. Terá sido D. Pedro, o senhor de Mira, quem mais se interessou pelo lugar, e, em 12 de Outubro de 1442 concede carta de privilégios aos moradores de Mira (carta esta que foi confirmada pelo seu sobrinho, rei Afonso V, a 22 de Julho de 1447).
Em 12 de Julho de 1448, D. Afonso V doa oficialmente, ao Infante D. Pedro, seus filhos e netos, as vilas de Mira e Aveiro e simultaneamente desanexa Mira do termo de Coimbra, elevando-a a concelho e concedendo-lhe autonomia administrativa.
Em 1497, a 3 de março, o rei D.Manuel I doa os direitos reais de Mira a Gonçalo Tavares, e em 27 de agosto de 1514 assina o foral concedido a estas terras, como instrumento de governação local, garantindo a representatividade do povoado e seus habitantes, relativamente a obrigações e encargos, limitando o poder dos senhores em favor dos povos.
O senhorio de Mira manteve-se na família dos Tavares até que, no reinado de D. João IV, por doação desse rei a sua esposa D. Luisa de Gusmão, passou a integrar o património da Casa das Rainhas. Foi D. Luisa de Gusmão, que em 2 de abril de 1644, ordenou ao corregedor, da Comarca de Coimbra, a tomada de posse da vila e seu termo, e aí se manteve até 1833 (aquando da extinção do regime senhorial, do reconhecimento da garantia plena da propriedade privada e no controlo exclusivo pela lei e pelos tribunais).
Todo o século XIX foi rico em reformas administrativas. Mira, tradicionalmente ligada à cidade do Mondego, pertenceu administrativamente ao distrito de Aveiro. A freguesia da Mamarosa esteve integrada no concelho de Mira, havendo um documento de 30 de Junho de 1837 que referia que o concelho de Mira tinha duas freguesias, Mira e Mamarosa (esta freguesia pertenceu a Mira até 31 de Dezembro de 1853, tal como a freguesia de Covão do Lobo pertenceu ao concelho de Mira de 1853 a 1855).
Em 1839, o concelho estava integrado na Comarca de Aveiro e em 1852 na de Anadia. No ano de 1853, o decreto de 31 de Dezembro reintegrou o concelho de Mira no Distrito de Coimbra.
O concelho teve uma efémera extinção, resultado da lei de 26 de Junho de 1867 que preconizava uma reforma administrativa, regulamentada por decreto de 10 de Dezembro desse mesmo ano, que extinguia vários concelhos, entre os quais Mira e Vagos, tendo Mira ficado integrada no concelho de Cantanhede. Entretanto, o decreto de 14 de Janeiro de 1868 anulou a lei e decreto anterior, pelo que o concelho de Mira esteve extinto um mês e quatro dias.
Novamente por decreto, de 7 de Setembro de 1895, após as reformas administrativas do início do liberalismo, Mira voltou a ser incorporada no concelho de Cantanhede. Mas após um período de dois anos e quatro meses, voltou a recuperar a sua autonomia, acabando o concelho por ser restaurado, por decreto de 13 de Janeiro de 1898.
Miranda do Corvo
Miranda do Corvo é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Pinhal Interior Norte, com cerca de 13 098 habitantes.
É sede de um município com 126,38 km² de área e 13 098 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. (1)
(1) Freguesias
Lamas
Miranda do Corvo
Associação de Freguesias de Semide e Rio Vide
Vila Nova
O município é limitado a nordeste pelo município de Vila Nova de Poiares, a leste pela Lousã, a sueste por Figueiró dos Vinhos, a sudoeste por Penela, a oeste por Condeixa-a-Nova e a noroeste por Coimbra. O território do concelho de Miranda do Corvo é atravessado pelo Rio Ceira, pelo Rio Dueça ou Corvo e pelo Rio Alheda.
História
A primeira referência a Miranda do Corvo aparece num documento dos finais do século X, embora as evidências arqueológicas apontem para uma ocupação muito anterior. O documento em causa terá sido redigido no Mosteiro de Lorvão, em 998, e atesta a existência de uma estrutura militar em Miranda do Corvo, ao fazer referência a uma torre.
Sabe-se hoje que houve ocupação em Vila Nova na época pré-histórica e em Chão de Lamas na proto-história. As recentes escavações arqueológicas no casal romano da Eira Velha, em Lamas, trouxeram à luz do dia os vestígios de uma comunidade do tipo casal agrícola, intimamente ligado aos grandes eixos viários da época romana.
O povoado de Miranda do Corvo terá surgido em torno do castelo. Daqui era possível vigiar e defender duas importantes vias de comunicação: a antiga via romana que passava por Corvo e ligava Sellium (Tomar) a Aeminium (Coimbra) e a via que ligava o interior da Península ao Ocidente, a via Colimbriana. Provirá desta função de vigilância o nome de Miranda, do latim mirandus (atalaia)?
Sobranceira à vila, esta atalaia assentava no alto de um cabeço, sendo provável que a povoação se tenha desenvolvido em torno do atual Alto do Calvário. Apesar da sua importância na linha defensiva do Mondego, durante e após a ‘Reconquista’ da cidade de Coimbra, são escassas as informações sobre a sua história.
Sabemos que ano de 1116, a região foi severamente atacada durante uma expedição almorávida, sendo apenas travada às portas de Coimbra. O castelo de Miranda do Corvo terá sido destruído, existindo relato do séc. XII, do seu cerco e conquista, da forte destruição, do elevado número de mortes e dos prisioneiros realizados.
O Castelo terá permanecido em ruína, não se conhecendo a exata data da sua reconstrução.
Em 19 de Novembro de 1136 os habitantes de Miranda receberam foral de D. Afonso Henriques, o qual foi depois confirmado por D. Afonso II.
Em 1383, existe referência ao facto de João Afonso Teles ter aberto as portas a D. João I de Castela quando este seguia para Lisboa para contestar o Mestre de Aviz.
Ao longo dos séculos a construção foi-se arruinando. O Livro das Posturas da Câmara Municipal de Miranda do Corvo refere a existência de um aluimento do que restava do castelo, em maio de 1799. Deste ano, data ainda a publicação de posturas sobre o roubo das pedras através das quais o município proíbe a população de retirar pedras para construção própria. Muitas destas pedras foram utilizadas nas obras de renovação da Ponte do Corvo, sobre a ribeira do Alhêda, obra que se iniciou nesta data.
A terceira invasão francesa trouxe novamente ao concelho algum protagonismo pela sua localização na linha estratégica de movimentação dos exércitos. Parte do combate de Casal Novo, que decorreu na madrugada de 14 de Março de 1811, deu-se na freguesia de Lamas. As consequências da guerra fizeram-se sentir no concelho de forma muito significativa, com a carestia de géneros, a destruição e os campos estéreis, em parte devido à política de terra queimada, e pela grande epidemia que assolou as freguesias durante os meses seguintes.
O concelho abrangia então vasta área, que ia quase do Ceira, perto de Coimbra, até à ribeira de Alje, a sul das serras, compreendendo aproximadamente as atuais freguesias de Miranda, Lamas, Vila Nova e Campelo, que passou para Figueiró dos Vinhos, nos começos do regime liberal.
(1) Freguesias
Lamas
Miranda do Corvo
Associação de Freguesias de Semide e Rio Vide
Vila Nova
Miranda do Corvo - Igreja Matriz de São Salvador - Castelo - Cristo Rei
História
A primeira referência a Miranda do Corvo aparece num documento dos finais do século X, embora as evidências arqueológicas apontem para uma ocupação muito anterior. O documento em causa terá sido redigido no Mosteiro de Lorvão, em 998, e atesta a existência de uma estrutura militar em Miranda do Corvo, ao fazer referência a uma torre.
Sabe-se hoje que houve ocupação em Vila Nova na época pré-histórica e em Chão de Lamas na proto-história. As recentes escavações arqueológicas no casal romano da Eira Velha, em Lamas, trouxeram à luz do dia os vestígios de uma comunidade do tipo casal agrícola, intimamente ligado aos grandes eixos viários da época romana.
O povoado de Miranda do Corvo terá surgido em torno do castelo. Daqui era possível vigiar e defender duas importantes vias de comunicação: a antiga via romana que passava por Corvo e ligava Sellium (Tomar) a Aeminium (Coimbra) e a via que ligava o interior da Península ao Ocidente, a via Colimbriana. Provirá desta função de vigilância o nome de Miranda, do latim mirandus (atalaia)?
Sobranceira à vila, esta atalaia assentava no alto de um cabeço, sendo provável que a povoação se tenha desenvolvido em torno do atual Alto do Calvário. Apesar da sua importância na linha defensiva do Mondego, durante e após a ‘Reconquista’ da cidade de Coimbra, são escassas as informações sobre a sua história.
Sabemos que ano de 1116, a região foi severamente atacada durante uma expedição almorávida, sendo apenas travada às portas de Coimbra. O castelo de Miranda do Corvo terá sido destruído, existindo relato do séc. XII, do seu cerco e conquista, da forte destruição, do elevado número de mortes e dos prisioneiros realizados.
O Castelo terá permanecido em ruína, não se conhecendo a exata data da sua reconstrução.
Em 19 de Novembro de 1136 os habitantes de Miranda receberam foral de D. Afonso Henriques, o qual foi depois confirmado por D. Afonso II.
Em 1383, existe referência ao facto de João Afonso Teles ter aberto as portas a D. João I de Castela quando este seguia para Lisboa para contestar o Mestre de Aviz.
Ao longo dos séculos a construção foi-se arruinando. O Livro das Posturas da Câmara Municipal de Miranda do Corvo refere a existência de um aluimento do que restava do castelo, em maio de 1799. Deste ano, data ainda a publicação de posturas sobre o roubo das pedras através das quais o município proíbe a população de retirar pedras para construção própria. Muitas destas pedras foram utilizadas nas obras de renovação da Ponte do Corvo, sobre a ribeira do Alhêda, obra que se iniciou nesta data.
A terceira invasão francesa trouxe novamente ao concelho algum protagonismo pela sua localização na linha estratégica de movimentação dos exércitos. Parte do combate de Casal Novo, que decorreu na madrugada de 14 de Março de 1811, deu-se na freguesia de Lamas. As consequências da guerra fizeram-se sentir no concelho de forma muito significativa, com a carestia de géneros, a destruição e os campos estéreis, em parte devido à política de terra queimada, e pela grande epidemia que assolou as freguesias durante os meses seguintes.
O concelho abrangia então vasta área, que ia quase do Ceira, perto de Coimbra, até à ribeira de Alje, a sul das serras, compreendendo aproximadamente as atuais freguesias de Miranda, Lamas, Vila Nova e Campelo, que passou para Figueiró dos Vinhos, nos começos do regime liberal.
Montemor-o-Velho
Montemor-o-Velho é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Baixo Mondego, com cerca de 3 100 habitantes.
É sede de um município com 228,96 km² de área e 26 171 habitantes (2011), subdividido em 11 freguesias (1).
O município é limitado a norte pelo município de Cantanhede, a leste por Coimbra e por Condeixa-a-Nova, a sul por Soure e a oeste pela Figueira da Foz.
O município é limitado a norte pelo município de Cantanhede, a leste por Coimbra e por Condeixa-a-Nova, a sul por Soure e a oeste pela Figueira da Foz.
Situa-se a uma altitude média de 5 m acima do nível médio do mar.
Trata-se de um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos. O caso de Montemor-o-Velho é único no contexto português, pois a descontinuidade do concelho deve-se à existência, na zona sudeste do seu território, de um pequeníssimo enclave pertencente ao vizinho concelho de Soure (freguesia de Figueiró do Campo), encaixado entre as freguesias montemaiorenses de Pereira e Santo Varão.
(1)
União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca
Arazede
Carapinheira
Ereira
Liceia
Meãs do Campo
União de Freguesias de Montemor-o-Velho e Gatões
Pereira
Santo Varão
Seixo de Gatões
União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca
Arazede
Carapinheira
Ereira
Liceia
Meãs do Campo
União de Freguesias de Montemor-o-Velho e Gatões
Pereira
Santo Varão
Seixo de Gatões
Montemor-o-Velho é uma antiga vila cujos vestígios remontam à Pré-história, designadamente ao período Neolítico.
Existem referências documentais ao seu castelo desde o século IX.
Em 848, Ramiro I das Astúrias passou a dominar o castelo de Montemor, mas a reconquista definitiva do Mondego foi empreendida pelo Rei Fernando Magno de Leão, que entregou o castelo ao Conde Sesnando.
Este castelo é bastante bonito de visitar, estando em bom estado de conservação. De lá se desfruta uma bela vista sobre os arrozais do rio Mondego.
A sua importância estratégica fez desta vila um centro de atracção, tendo recebido o primeiro foral em 1212.
Montemor foi ainda, durante séculos, terra de infantado, primeiro de D. Sancho e D. Teresa, depois de D. Afonso IV (1322), mas também de D. Pedro, Duque de Coimbra (1416).
Em 1472, D. Afonso V faz Marquês de Montemor-o-Velho D. João de Portugal, mais tarde Duque de Bragança.
Em 1472, D. Afonso V faz Marquês de Montemor-o-Velho D. João de Portugal, mais tarde Duque de Bragança.
Oliveira do Hospital (cidade)
Oliveira do Hospital é uma cidade portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Pinhal Interior Norte, com cerca de 5 500 habitantes.
É sede de um município com 234,52 km² de area e 20 855 habitantes (2011), subdividido em 16 freguesias (1).
O município é limitado a norte pelo município de Nelas, a leste por Seia, a sul por Arganil, a oeste por Tábua e a noroeste por Carregal do Sal.
O município é limitado a norte pelo município de Nelas, a leste por Seia, a sul por Arganil, a oeste por Tábua e a noroeste por Carregal do Sal.
(1) Freguesias:
Aldeia das Dez (Aldeia do Xisto)
Alvoco das Várzeas
Avô
Bobadela
União de Freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira
Lagares da Beira
União de Freguesias de Lagos da Beira e Lajeosa
Lourosa
Meruge
Nogueira do Cravo
União de Freguesias de Oliveira do Hospital e São Paio de Gramaços
União de Freguesias de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira
União de Freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira
São Gião
Seixo da Beira
História
Oliveira do Hospital é um dos mais belos concelhos do distrito de Coimbra e da Serra da Estrela. Aqui o visitante depara-se com surpreendentes retratos e refúgios encantados. Vestígios que remontam à Pré-história e tantos outros registos edificados por todo o concelho espelham a grandeza desta região. A atual sede de concelho nasce na época da 2ª cruzada, quando em São João de Jerusalém, na Terra Santa, é fundado um Hospital que irá receber os peregrinos doentes, estropiados e vítimas de ataques e assaltos, em tão longa caminhada que os levaria junto do Santo Sepulcro.
O primitivo nome da povoação havia sido Ulvária, que significa terreno alagadiço, onde há ulvas; de Ulvária terá derivado para Ulveira e daqui, por analogia e deturpação, para Oliveira. O nome «do Hospital» resulta exatamente da atribuição de uma Comenda à Ordem dos Monges de S. João de Jerusalém, Ordem dos Hospitalários, também conhecida por Ordem de Malta. Foi pois, no ano de 1120, que a Rainha Dª. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, fez a doação desta vila aos cavaleiros da referida Ordem. Tratava-se inicialmente de uma herdade entre Bobadela e Oliveira do Hospital, depois acrescentada em doações particulares e alargada nos seus domínios. Supõe-se mesmo que era exatamente em Oliveira do Hospital que a Ordem de Malta tinha a sua sede ou convento principal em edifício implantado no local onde atualmente se encontra o edifício dos Paços do Município e a Igreja Matriz.
Quando D. João III mandou fazer o Cadastro da População do Reino existiam na área do atual Concelho de Oliveira do Hospital, além desta, mais as seguintes Vilas ou Concelhos: Avô, Bobadela, Ervedal, Lagares, Lageosa, Lagos, Lourosa, Nogueira, Penalva de Riba d’Alva, São Sebastião de Riba d’Alva, Seixo e Vila Pouca da Beira. D. Manuel I concedeu-lhe foral novo em 27 de Fevereiro de 1514
Pampilhosa da Serra
Pampilhosa da Serra é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Pinhal Interior Norte, com cerca de 1. 300 habitantes.
É sede de um município com 396,46 km² de área e 4 481 habitantes (2011), subdividido em 8 freguesias (1).
O município é limitado a norte pelo município de Arganil, a nordeste pela Covilhã, a leste pelo Fundão, a sul por Oleiros, a sudoeste por Sertã e Pedrógão Grande e a oeste por Góis.
(1) - Freguesias
Cabril
Dornelas do Zêzere
União de Freguesias de Fajão - Vidual (Aldeia do Xisto)
Janeiro de Baixo (Aldeia do Xisto)
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
União de Freguesias de Portela do Fojo - Machio
Unhais-o-Velho
História
O povoamento do território concelhio remonta a tempos bastante antigos, como evidencia a “Carta Arqueológica do Concelho de Pampilhosa da Serra”, que aponta as primeiras manifestações da presença do Homem nesta área geográfica por volta do 4.º milénio antes de Cristo.
As sucessivas ocupações humanas, desde a Idade do Bronze até à Época Romana, estão identificadas através de vestígios encontrados ao longo das prospeções arqueológicas realizadas.
Já em plena Idade Média, e no seio das políticas de povoamento, D. Dinis terá elevado Pampilhosa à categoria de vila em 1308, segundo a inscrição setecentista colocada na fachada principal do edifício da antiga Casa da Câmara e Cadeia, atual Museu Municipal.
No tempo de D. Fernando a Pampilhosa vira-se integrada no termo da Covilhã. Os homens bons, descontentes com esta decisão, dirigiram-se às Cortes de Coimbra de 1385, dando a conhecer a D. João I os agravos que o concelho sofria.
O monarca acedeu e, em resposta ao pedido da Pampilhosa, emanou a 10 de abril de 1385 uma Carta de Privilégios, pela qual reconhecia a sua autonomia.
Nos séculos XV e XVI os antigos forais foram perdendo a sua importância e ficando desajustados das necessidades dos novos tempos. A reforma destes documentos foi então levada a cabo por D. Manuel I. Pampilhosa recebeu foral antigo das mãos de pessoa particular e foral novo das mãos de D. Manuel I, a 20 de Outubro de 1513.
No século XIX Pampilhosa viu acrescentado o vocábulo “da Serra” no sentido de distingui-la de Pampilhosa do Botão (Mealhada).
Originalmente constituído por quatro freguesias (Pampilhosa, Cabril, Pessegueiro e Machio), o concelho foi alargado por força da reforma administrativa de 1855, adquirindo as freguesias de Dornelas, Fajão, Janeiro de Baixo, Unhais-o-Velho e Vidual (do concelho de Fajão) e a de Portela do Fojo (do concelho de Alvares).
No século XXI, pela reorganização administrativa territorial autárquica, implementada em 2013, o concelho viu alterado o seu mapa pela agregação das freguesias de Fajão-Vidual e de Portela do Fojo-Machio.
Penacova (vila)
Penacova é uma vila portuguesa no distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Baixo Mondego, com cerca de 3.200 habitantes.
É sede de um município com 216,73 km² de área e 15 251 habitantes (2011), subdividido em 8 freguesias. (1)
O município é limitado a norte pelos municípios de Mortágua e Santa Comba Dão (Viseu), a leste por Tábua, a sueste por Arganil, a sul por Vila Nova de Poiares, a oeste por Coimbra e a noroeste pela Mealhada (Aveiro).
O concelho conta com três localidades com estatuto de vila: Penacova, Lorvão e São Pedro de Alva.
(1) O concelho da Penacova está dividido em 8 freguesias:
Carvalho
Figueira de Lorvão
União de Freguesias de Friúmes e Paradela da Cortiça
União de Freguesias de Oliveira do Mondego e Travanca do Mondego
Lorvão
Penacova
União de Freguesias de São Pedro de Alva e São Paio do Mondego
Sazes do Lorvão
Penacova - Vista Geral
O lugar de "Penna Cova" tem origem anterior à fundação da nacionalidade, desconhecendo-se a data da sua fundação. Existem dúvidas se será fruto da reconquista de D. Afonso III das Astúrias, no fim do século XI, ou se terá origem na vila rústica de "Vila Cova", hoje Granja do Rio.
A referência mais antiga reporta-se a uma notícia indirecta: a da villa-herdade de Villa Cova, apresurada pelos “servos” de Diogo Fernandes a um Idris (muçulmano). A posse desta villa da área de Penacova (que teria cerca de 350 hectares) foi, em 911, reconhecida a Diogo Fernandes pelo rei Ordonho II das Astúrias.
Num caso que merece especial referência, a villa-herdade de Villa Cova foi delimitada, em 936, pelo conde Ximeno Dias, a pedido dos homines de Alkinitia e dos homines de uma outra villa-aldeia de Villa Cova. Supomos que estas villas-aldeias de Alkinitia e Villa Cova eram aldeias de pequenos proprietários alodiais (proprietários com plenas posses sobre as suas herdades) com uma organização que poderemos chamar pré-concelhia.
A quando do povoamento, na região de Coimbra, poderá não ter havido, no período de 987 a 1064 (data da reconquista definitiva de Coimbra por Fernando Magno), maior crescimento do que aquele que naturalmente derivou da população existente: não terá havido imigração de Cristãos nem talvez, por outro lado, grande afluxo de Muçulmanos. O certo é que só duas aldeias aparecem, pela primeira vez, na documentação: Ourentã (em 1017) e Penacova (1036).
Em 1105 são relatadas contendas entre os homens do Mosteiro de Lorvão e os moradores do castelo, que seriam harmonizadas pelo Conde D. Henrique (já Condado Portucale).
Em 1192, foi-lhe atribuído Foral por D. Sancho I, que viria a ser confirmado, a 06 de Novembro de 1217, por Afonso II. Em 1513, D. Manuel atribui-lhe Foral Novo.
O senhorio da vila de Penacova foi atribuído por Carta Régia a 1 de Março de 1422 pelo Mestre de Avis, na qualidade de regedor e defensor do reino a Nuno Fernandes de Cordovelos. Começou assim a linhagem dos “senhores de Penacova “ que haveria de passar pelos Ataídes, os condes de Odemira e terminar nos duques de Cadaval.
Em 1605, no reinado de D. Filipe II, foi elevada à categoria de Concelho, pertencendo à correição de Coimbra.
Penacova - Moinhos de Vento
Penela (vila)
Penela é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Pinhal Interior Norte, com cerca de 3.300 habitantes.
Situa-se cerca de 20 km a sul da capital do distrito.
É sede de um município com 132,49 km² de área e 5 983 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. (1)
O município é limitado a norte pelo município de Miranda do Corvo, a leste por Figueiró dos Vinhos, a sudoeste por Ansião, a oeste por Soure e a noroeste por Condeixa-a-Nova.
(1) Freguesias:
Cumeeira (Ferraria de São João - Aldeia do Xisto)
Espinhal
Podentes
União de Freguesias de São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal
Localizada na encosta poente de um monte entre as cotas 230 e 290 metros, na estrada romana que ligava Coimbra a Tomar, a cerca de três dezenas de quilómetros da primeira.
Etimologicamente, o termo "penela" é um diminutivo de "peña", "pena" ou "penha", e significava, em baixo latim, cabeço, monte ou rochedo.
E uma vila muito bonita pelo seu castelo que anualmente tem presépio mais bonito e maior do pais.
E dos castelos mais importantes de Portugal.
Soure
Soure é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Baixo Mondego, com cerca de 7 900 habitantes.
É sede de um município com 263,91 km² de área e 19 245 habitantes (2011),
subdividido em 10 freguesias.(1)
O município é limitado a norte pelo município de Montemor-o-Velho, a nordeste por Condeixa-a-Nova, a leste por Penela, a sudeste por Ansião, a sul por Pombal e a oeste pela Figueira da Foz.
Trata-se de um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos.
O caso de Soure é único no contexto português, pois a descontinuidade do concelho é dupla e deve-se à própria descontinuidade territorial de duas das suas freguesias: Degracias e Pombalinho (que possui um pequeno exclave encaixado entre os concelhos de Penela, no distrito de Coimbra, e Ansião, no distrito de Leiria e Figueiró do Campo (que possui um ainda mais pequeno exclave, encaixado entre duas freguesias do concelho de Montemor-o-Velho, efectivamente criando um pequeno enclave neste município do distrito de Coimbra).
(1) Freguesias
Alfarelos
União de Freguesias de Degracias e Pombalinho
Figueiró do Campo
União de Freguesias de Gesteira e Brunhós
Granja do Ulmeiro
Samuel
Soure
Tapéus
Vila Nova de Anços
Vinha da Rainha
Soure - Câmara Municipal - Estilo neo-manuelino - 1908
REFERÊNCIA HISTÓRICA
Vem de longe a importância deste Concelho, quer no contexto regional, quer mesmo nacional.
Com os dados disponíveis não é possível procurar um marco que assinale o início da ocupação humana neste território. Porém, os vestígios arqueológicos, sobretudo do período neolítico e romano, aliados às condições naturais que desde cedo atraíram a ocupação humana, indicam que este espaço foi ocupado desde tempos imemoriais.
O documento escrito mais antigo que se conhece e se refere a Soure data de 1043 assinalando a doação, ao Convento da Vacariça, de um mosteiro que aqui possuíam os irmãos João, Sisnando, Ordonho e Soleima.
Em Julho de 1111 o Conde D. Henrique e a rainha D. Teresa concederam foral à vila de Soure. Este importante documento estipulava um conjunto de previlégios fiscais com o objectivo de atrair e fixar as populações.
Na Idade Média, mais concretamente no período da reconquista Cristã, Soure assume um papel de importância estratégica vital. O seu castelo é, até à conquista de Lisboa, uma praça fortificada, incluída na cintura de edificações militares da defesa de Coimbra definitivamente conquistada em 1064, (juntamente com os castelos de Montemor-o-Velho, Penela, Santa Olaia, Germanelo, Miranda do Corvo e Lousã).
Em 1128 D. Teresa doa o Castelo de Soure à ordem dos Templários, doação que veio a ser confirmada por D. Afonso Henriques em 1129.
Com o decorrer dos tempos, a função militar foi desaparecendo e Soure passou a caracterizar-se, a partir da Idade Média, por uma região marcadamente rural dada a apetência agrícola dos seus terrenos enriquecidos pela água dos rios Anços, Arunca e Pranto.
O Castelo de Soure tinha uma situação estratégica privilegiada, dada a sua posição de ligação entre os castelos e rotas que atravessavam os territórios de Coimbra e Montemor-o-Velho e a sua proximidade com a confluência dos rios Anços e Arunca que lhe servia de fosso natural.
Em 13 de Fevereiro de 1513, el-rei D. Manuel outorgou um novo Foral à vila de Soure. As alterações administrativas, que ao longo dos tempos foram sendo feitas, determinaram que tivesse havido permutas de freguesias entre concelhos adjacentes, sobretudo com o de Montemor-o-Velho e os extintos de Verride e Santo Varão. A partir de finais do século XIX, o concelho de Soure manteve a mesma estrutura administrativa, agrupando as doze freguesias que hoje conhecemos.
Vila Nova de Anços
Vinha da Rainha
Tábua
Tábua é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Pinhal Interior Norte, com cerca de 2 700 habitantes.
É sede de um município com 199,79 km² de área e 12 071 habitantes (2011), subdividido em 11 freguesias. (1)
O município é limitado a norte pelo município de Carregal do Sal, a este por Oliveira do Hospital, a sul por Arganil, a oeste por Penacova e a noroeste por Santa Comba Dão.
(1) Freguesias de Tábua
União de Freguesias de Ázere e Covelo
Candosa
Carapinha
União de Freguesias de Covas e Vila Nova de Oliveirinha
União de Freguesias de Espariz e Sinde
Midões
Mouronho
União de Freguesias de Pinheiro de Coja e Meda de Mouros
Póvoa de Midões
São João da Boa Vista
Tábua
História
É notável o passado que a História nos reservou.
Vestígios diversos de peças de cerâmica e inscrições românicas, bem como o legado de pontes e vias construídas e utilizadas pela referida civilização romana nos atestam esse mesmo facto.
Todavia, sobre Tábua, bem como todo o Município, não restam muitos documentos escritos anteriores ao século XII que melhor possam elucidar este nosso passado, já que apenas a freguesia de Midões apresenta documentos escritos anteriores à Nacionalidade, embora muito escassos.
Não restam dúvidas, contudo, sobre o facto de todo o território do actual concelho de Tábua ter sido de domínio da civitas senense ou, depois, do fortíssimo castelo de Seia, compreendendo-se assim que, posteriormente, as primitivas paróquias do concelho surjam incluídas administrativamente na «terra» ou «julgado medieval» de Seia.
À semelhança de várias outras localidades do concelho, que durante o século XVI tiveram atribuição de cartas de foral (Ázere e Sinde a 10 de Fevereiro, Covas a 15 de Março, Vila Nova de Oliveirinha a 15 de Maio, Candosa a 16 de Junho, Midões, Mouronho e Pinheiro de Côja a 12 de Setembro), também Tábua teve carta de foral a 26 de Abril de 1514.
de da Cunha, 22º senhor do julgado de Tábua, que faleceu a 16 de Março de 1865»
No que se refere à toponímia, recentes investigações e publicações têm advertido para o facto da derivação do nome Tábua, até então associado a uma ponte de tábuas sobre o rio Mondego na altura da formação do Condado Portucalense, poder ter, afinal, uma outra origem.
Por um lado, o topónimo Tábua poderá ter origem no latim vulgar tabula, “tábua”, talvez no sentido de região plana , o que, numa primeira análise parece ter algum fundamento, dado o concelho de Tábua se circunscrever no denominado Planalto Beirão. No entanto, a toponímia portuguesa tem demonstrado que em locais onde existiram pontes de madeira, o costume foi o de passarem a chamar-se de Ponte de…, Pontão ou até mesmo Barca, mas não Tábua.
Por outro lado, é também possível fazer derivar a toponímia relativa a Tábua do deus romano Tabudico, nome que se inscreve numa ara votiva, actualmente em depósito na Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e na qual se lê: TABUDICO / c. FABIVS. VIATOR / L. A. D. D.
Por último, Tábua é também o nome comum da Typha angustifolia, planta herbácea, aquática ou semiterrestre com rizoma, que existe em terrenos pantanosos, lagoas e cursos de água. É uma planta que invade águas baixas provocando rápidas obstruções. Resta dizer que esta planta é bastante comum nas nossas margens do Mondego, e que, poderá estar também na origem do topónimo Tábua.
Vila Nova de Poiares
É sede de um município com 84,45 km² de área e 7.281 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias.(1)
O município é limitado a norte por Penacova, a leste por Arganil, a sul pela Lousã, a sudoeste por Miranda do Corvo e a oeste por Coimbra.
(1) Freguesias
Arrifana
Lavegadas
Poiares (Santo André)
São Miguel de Poiares
Geografia
Vila Nova de Poiares está situada na sua maior parte na grande planura entre as serras do Carvalho e Magarrufe, ultrapassando a de S. Pedro Dias pelo Nascente.
Em termos geográficos, o Concelho apresenta uma área, aproximadamente, 100,4 Km2, estendendo-se no sentido poente-nascente, confinando pelo Norte com o Concelho de Penacova, a Sul com Miranda do Corvo e Lousã, a Poente com Coimbra e a Nascente com Arganil e Góis.
A sua distância de Coimbra é de 22 Km tendo como principais acessos a Estrada da Beira (EN 17) e o IP 3 (via rápida que liga as cidades de Coimbra e Viseu).
História
No que concerne ao seu património histórico, as origens de Poiares remontam à pré-história, como documentam os vestígios que podemos encontrar de um dólmen. Há ainda marcas da influência romana e muçulmana, bem como registos de lendas (como a de D. Afonso Henriques).
Crê-se também na existência de uma Albergaria, remontando ao tempo de D. Sancho I, e ainda diversas construções religiosas pertencentes ao Mosteiro de Lorvão, Mosteiro de Santa Cruz e Universidade de Coimbra.
O concelho de Vila Nova de Poiares, não tendo sido um município medieval, esteve sob a jurisdição de Mosteiros e da Universidade de Coimbra, que aqui possuíam diversos foros.
O Concelho nasceu em 1836, tendo sido suprido por duas vezes. Foi restaurado definitivamente a 13 de Janeiro de 1898, data em que ainda hoje se comemora o Feriado Municipal.
Elevado à categoria de Vila em 1905
Território com história
Os vestígios de povoamento deste território, remontam à Pré – História, mais especificamente ao período Neolítico, compreendido entre o ano 5.000 e 2.000 a.C. No alto da serra de São Pedro Dias encontramos um Dólmen que o testemunha, o qual é monumento classificado de interesse nacional.
Os Romanos deixaram também a sua marca. Existem registos que nos dão conta de uma ponte Romana no lugar de “Murcella”. Por aqui passava uma das mais importantes vias, que fazia a ligação de Coimbra a Bobadela, perto de Oliveira do Hospital.
Podemos constatar a passagem dos Muçulmanos neste espaço através das lendas e topónimos de que são exemplo, Moura Morta, a Toca da Moura ou as Mouras Encantadas. Sabemos que desde os Século oitavo e nono se constituíram povoados neste território, o que se comprova em diversos registos documentais referentes à posse por parte do Mosteiro do Lorvão. “Algazala”, “Lauredo” e “Sautelo”, são referidas em documentos de 777, em doação feita pelo rei Ordonho das Astúrias ao Mosteiro de Lorvão.
Este espaço circundado por três rios, Mondego, Alva e Ceira, terá sido objecto de cobiça por parte de alguns “Lusos”, que atraídos pelo clima temperado e cativados com a diversidade alimentar, carne de animais e peixe dos rios, aqui se foram fixando. Os povoados foram crescendo nas colinas e nas margens dos rios, em especial do Mondego. Documentação antiga refere a existência de Castros ou Crastos, que serviriam essencialmente para vigiar o trafico fluvial ou para refugio dos povoadores.
Fonte dos textos
Wikipédia
Páginas das respectivas Autarquias
Parque de Santa Cruz
Este espaço foi entregue em 1131 aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, que iniciaram a exploração da Quinta de Santa Cruz. (pertencia ao Mosteiro de Santa Cruz)
No século XVIII, Frei Gaspar da Encarnação, Ministro de D. João V, idealizou este Jardim construído no tempo do Rei D. João V - Século XVIII
No corpo central nicho oval com estátua de Nossa Senhora da Conceição ladeado por doi painéis de azulejos em forma de medalhão oval, representando cenas bíblicas emolduradas por 4 estátuas , possivelmente do séc. XVI que representam os quatro Evangelistas São Lucas e São João (do lado esquerdo) e São Mateus e São Marcos do lado direito.
Historial: O Jardim de Santa Cruz, ainda hoje assim designado, por ter pertencido ao Mosteiro de Santa Cruz, foi criado no século XVIII, na antiga cerca do Mosteiro. Funcionava como parque de recreio e de meditação dos monges, sendo na altura a sua composição arbórea maioritariamente formada carvalho e loureiro.
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Historial: O Jardim de Santa Cruz, popularmente conhecido como Jardim da Sereia, pertencia ao Mosteiro de Santa Cruz,
O Jardim foi criado no século XVIII, na antiga cerca do Mosteiro por Frei Gaspar da Encarnação, ministro de D. João V, que o idealizou e mandou construir.
Funcionava como parque de recreio e de meditação dos monges, sendo na altura a sua composição arbórea maioritariamente formada carvalho e loureiro.
A entrada do Jardim faz-se através de um arco triunfal, coroado por três estátua, que representam a Fé, a Esperança e a Caridade. O arco é ainda ladeado por dois torreões de decoração barroca e cobertura piramidal de quatro águas decorados com pintura mural tanto exterior como interiormente.
A pintura interior representa cenas alusivas a Santo Agostinho, São Teotónio e D. Afonso Henriques.
Ao pórtico de entrada segue-se o recinto do Jogo da Péla, curta avenida ladeada por muros baixos com decorativos bancos de azulejo, dividida no sentido do comprimento por muretes marcados nas extremidades por pilares com urnas, e que desemboca numa cascata em três corpos, cenograficamente construída com concreções calcárias, tendo ao centro a escultura de Nossa Senhora da Conceição, e em plano mais recuado dois grandes medalhões de azulejo figurativo, ladeados pelas estátuas dos evangelistas, representando o da esquerda Sara e Agar no Deserto e o da direita o profeta Eliseu lançando sal nas águas de Jericó.
Os medalhões ovais estão emolduradas por 4 estátuas, possivelmente do séc. XVI, e representam os quatro Evamgelistas São Lucas e São João (do lado esquerdo) e São Mateus e São Marcos do lado direito.
Da parte superior do terreiro da cascata parte um escadório de sete lanços com patamares intermédios, onde se podem ver repuxos e tanques de água; a ladeá-los bancos de pedra com o encosto de azulejos representando paisagens, animais e motivos alusivos à água.
No último patamar alcança-se a Fonte da Nogueira com uma espécie de gruta ao centro da parede do fundo, abrigando a figura de um tritão (popularmente confundido com uma sereia, dai o nome popular de Jardim da Sereia) abrindo a boca a um golfinho donde corre água para uma concha.
Sobre a parede, num nicho constítuido por pilastras dóricas, entablamento e frontão curvo, surge uma imagem de Nossa Senhora. No lado NO. do parque um grande lago circular, envolvido por cedros, com um ilhota central onde se construiu uma fonte. A Alameda de Santo Agostinho atravessa o parque no maior sentido da largura da Rua Lourenço Almeida Azevedo para a Rua Almeida Garrett, é ladeada por loureiros.
A influência do barroco francês manifesta-se nas alamedas debruadas a loureiros, bem como nos lagos, tanques, canteiros e elementos decorativos, como os painéis de azulejos e a estatuária
Em 1131 este espaço foi entregue aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, que iniciaram a exploração da Quinta de Santa Cruz.
No século XVIII, D. Gaspar da Encarnação promoveu o seu arranjo, tornando-o num espaço de lazer, tendo sido aí construído o campo de jogos (da Péla) e, simultaneamente, um jardim de descanso e meditação ao estilo barroco.
O Jardim é constituído por diversas árvores de porte considerável como o cedro branco (chamaecyparis lawsoniana), pelo cedro do Himalaias (Cedrus deodara), o pinheiro da ilha Norfolk (Araucaria heterophylla), o pinheiro do Brasil (Araucaria angustifolia) e a tuia da china (Platycladus orientalis). Neste parque também é possível admirar espécies de aceres como o plátano-bastardo (Acer pseudoplatanus) e o bordo dos rios (Acer platanoides), o bordo negundo (Acer negundo).
Outras espécies exóticas podem ser aqui observadas, como o loendro (Nerium oleander), a azálea (Rhododendron spp.) o alfenheiro (Ligustrum japonicum) e o loureiro cerejo (Prunus laurocerasus).
No estrato arbustivo ocorrem espécies como o sabugueiro (Sambucus nigra) e o loureiro (Laurus nobilis), enquanto que no estrato herbáceo prolifera o acanto (Acanthus mollis), a erva de são roberto (Geranium robertianum), a campânula azul (Ipomoea indica), o dente de leão (Taraxum) e a ervilhaca trepadora (Vicia sativa).
Podem ainda observar-se, entre as fendas dos muros e rochas, outras plantas como as hepáticas e pteridófitas como a selaginela (Selaginella denticulata), a língua cervina (Phyllitis scolopendrium) e o polipódio (Polypodium australe).
Por entre as árvores encontramos a Hera Hedera helix.
De entre as espécies de aves que aqui é possível encontrar, destaca-se a toutinegra de barrete preto (Sylvia atricapilla), o pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) ou o chapim real (Parus major), sendo o mais emblemático o melro (Turdus merula).
As pequenas linhas de água que atravessam o parque, proporcionam condições para a existência da salamandra de pintas amarelas (Salamandra salamandra), o tritão verde (Triturus marmoratus) e uma interessante colónia de sapos parteiros (Alytes obtetricans).
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Jardim da sereia
http://www.culturacentro.pt/museuit.asp?id=271
Rol das Aldeias do Xisto. 27 espalhadas por 16 Concelhos
Concelhos de
Aldeias da rede por concelho
Concelho de Arganil
Benfeita
Vila Cova do Alva
Concelho de Castelo Branco
Martim Branco
Sarzedas
Concelho da Covilhã
Sobral de São Miguel
Concelho de Figueiró dos Vinhos
Casal de São Simão
Concelho de Fundão
Barroca
Janeiro de Cima
Concelho de Góis
Aigra Nova
Aigra Velha
Comareira
Pena (Góis)
Concelho da Lousã
Candal (Lousã)
Casal Novo (Lousã)
Cerdeira (Lousã)
Chiqueiro
Talasnal
Concelho de Miranda do Corvo
Gondramaz
Concelho de Oleiros
Álvaro
Oliveira do Hospital
Aldeia das Dez
Concelho da Pampilhosa da Serra
Fajão
Janeiro de Baixo
Pedrogão Grande
Mosteiro
Concelho de Penela
Ferraria de São João (Freguesia da Cumieira)
Concelho de Proença-a-Nova
Figueira
Concelho da Sertã
Pedrógão Pequeno
Concelho de Vila de Rei
Água Formosa
Anexo 2 - Aldeias Históricas
Rol das Aldeias Históricas - 12 - espalhadas por 10 Concelhos e 3 Distritos
ALMEIDA - Distrito da Guarda, Concelho de Almeida
BELMONTE - Distrito de Castelo Branco, Concelho de Belmonte
CASTELO MENDO - Distrito da Guarda, Concelho de Almeida
CASTELO NOVO - Distrito de Castelo Branco, Concelho do Fundão
CASTELO RODRIGO - Distrito da Guarda, Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo
IDANHA-A-VELHA - Distrito de Castelo Branco, Concelho de Idanha-a-Nova
LINHARES DA BEIRA - Distrito da Guarda, Concelho de Celorico da Beira
MARIALVA - Distrito da Guarda, Concelho da Mêda
MONSANTO - Distrito de Castelo Branco, Concelho de Idanha-a-Nova
PIÓDÃO - Distrito de Coimbra, Concelho da Lousã
SORTELHA . Distrito da Guarda, Concelho do Sabugal
TRANCOSO - Distrito da Guarda, Concelho de Trancoso
Rol das Aldeias Históricas - 12 - espalhadas por 10 Concelhos e 3 Distritos
ALMEIDA - Distrito da Guarda, Concelho de Almeida
BELMONTE - Distrito de Castelo Branco, Concelho de Belmonte
CASTELO MENDO - Distrito da Guarda, Concelho de Almeida
CASTELO NOVO - Distrito de Castelo Branco, Concelho do Fundão
CASTELO RODRIGO - Distrito da Guarda, Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo
IDANHA-A-VELHA - Distrito de Castelo Branco, Concelho de Idanha-a-Nova
LINHARES DA BEIRA - Distrito da Guarda, Concelho de Celorico da Beira
MARIALVA - Distrito da Guarda, Concelho da Mêda
MONSANTO - Distrito de Castelo Branco, Concelho de Idanha-a-Nova
PIÓDÃO - Distrito de Coimbra, Concelho da Lousã
SORTELHA . Distrito da Guarda, Concelho do Sabugal
TRANCOSO - Distrito da Guarda, Concelho de Trancoso
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