Freguesias de Coimbra
Nota: Deliberadamente continuo s escrever segundo as normas do ACORDO DE 1945
Coimbra é uma cidade historicamente universitária, por causa da Universidade de Coimbra, uma das mais antigas da Europa e das maiores de Portugal, fundada em 1290 como Estudo Geral Português por D. Dinis em Lisboa que depois várias instalações nas duas cidades, se fixou definitivamente na cidade do Mondego em 1537, no reinado de D. João III.
Uma das cidades mais antigas do país, foi a capital de Portugal antes de Lisboa, até 1255, e nela está o primeiro Panteão Nacional, o Mosteiro de Santa Cruz.
O distrito de Coimbra é constituído por 17 concelhos e 155 freguesias, ocupando uma área de 3973.73 km2, o que corresponde a 4.31% do território nacional.
De acordo com os Censos 2011, o distrito de Coimbra é habitado por 429.987 pessoas (4.07% dos habitantes a nível nacional),
??? Sé Velha ???
Almedina (Coimbra)
ou da Sé Velha ou da Alta (1) Freguesia extinta em 1913 dando origem à de Almedina
Castelo Viegas
Castelo Viegas foi uma freguesia portuguesa do concelho de Coimbra, com 7,11 km² de área e 1 695 habitantes (2011).
Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Santa Clara, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas coma sede em Santa Clara.
Esta localidade situa-se a sudeste do concelho assente em terreno acidentado, numa zona que se configura de transição para montanha. Castelo Viegas dista 7 quilómetros da sede do concelho e capital de distrito que é a cidade de Coimbra.
Santa Clara e Castelo Viegas (oficialmente: União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas (11 mil e seiscentos habitantes)
A primeira notícia da povoação data do ano de 1122, com o nome de Castel Venegas, nome esse que foi motivado pela existência de uma torre de defesa medieval que se encontrava situada num ponto dominante do lugar (ainda hoje conhecido por "castelo"), torre essa de que hoje já não há vestígios.
Fonte do Ribeiro e Lavadouro (1867).
Santa Clara (Coimbra)
Santa Clara e Castelo Viegas (oficialmente: União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas (11 mil e seiscentos habitantes)
Santa Clara foi uma freguesia portuguesa do concelho de Coimbra, com 10,16 km² de área e 9 929 habitantes (2011). Densidade: 977,3 hab/km².
Está situado na margem esquerda do rio Mondego.
É uma das maiores freguesias da cidade de Coimbra.
Criada em 1855, a freguesia era também conhecida pelo nome de São Francisco ou São Francisco da Ponte
Ponte sobre o Rio Mondego - Convento de São Francisco da Ponte - Mosteiro de Santa Clara-a-Nova
Santa Cruz (Coimbra)
União das Freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu e tem a sede em Sé Nova
Santo António dos Olivais
Criada em 20 de Novembro de 1854
Actualmente (2017) 39 mil habitantes sendo a maior freguesia do Distrito e uma das mais populosas do território nacional.´
São Bartolomeu (Coimbra)
União das Freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu e tem a sede em Sé Nova
Sé Nova
União das Freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu e tem a sede em Sé Nova
Uma das cidades mais antigas do país, foi a capital de Portugal antes de Lisboa, até 1255, e nela está o primeiro Panteão Nacional, o Mosteiro de Santa Cruz.
União das Freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu)
União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas
Freguesia de Santo António dos Olivais
Antes da Reforma Administrativa de 2011
Almedina ou Sé Velha ou Alta (Coimbra)
Santa Clara (Coimbra)
Santa Cruz (Coimbra)
Santo António dos Olivais
São Bartolomeu (Coimbra)
Sé Nova
União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas
Freguesia de Santo António dos Olivais
Antes da Reforma Administrativa de 2011
Almedina ou Sé Velha ou Alta (Coimbra)
Santa Clara (Coimbra)
Santa Cruz (Coimbra)
Santo António dos Olivais
São Bartolomeu (Coimbra)
Sé Nova
O distrito de Coimbra é constituído por 17 concelhos e 155 freguesias, ocupando uma área de 3973.73 km2, o que corresponde a 4.31% do território nacional.
De acordo com os Censos 2011, o distrito de Coimbra é habitado por 429.987 pessoas (4.07% dos habitantes a nível nacional),
??? Sé Velha ???
FREGUESIAS DA CIDADE
ou da Sé Velha ou da Alta (1) Freguesia extinta em 1913 dando origem à de Almedina
União das Freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu e tem a sede em Sé Nova
(1) Almedina, Sé Velha ou Alta é um bairro português do concelho de Coimbra, com 1,01 km² de área. A zona alta da cidade de Coimbra faz referência à parte mais elevada da cidade, historicamente delimitada pelas antigas muralhas da cidade (intramuros). Em 2011 tinha 904 habitantes (densidade: 895 hab./km²).
Foi priorado e teve colegiada. Esta paróquia teve primitivamente sede na Sé Velha.
Desde 1913 corresponde à freguesia da cidade sob a designação de Almedina.
Foi também designada de S. Cristóvão, seu orago, pois era assim que, na sua origem, a paróquia se chamava; com a mudança da sede de freguesia da igreja de São Cristóvão para a Sé Velha, foi adoptada a nova designação, embora durante algum tempo fosse conhecida pela dupla indistinta S. Cristóvão - Sé Velha.
Escultura evocativa do Fado ou Canção de Coimbra de Celestino Alves André
Tricana de Coimbra - Escadas do Quebra Costas
É a mulher de Coimbra.
Figura mítica e emblemática da cidade desde os finais do século XIX.
A tricana está presente em muito da literatura portuguesa, muitos escritores e poetas descreveram sobre as tricanas nas suas obras, bem como vários fados coimbrões.
Veste-se com saia preta, um pequeno avental, blusa, lenço na cabeça e traz o Xaile traçado ao ombro.
A tricana carregava sempre consigo um cântaro de barro ou lata quando ia ao Rio Mondego buscar água.
Actualmente a imagem da tricana é reavivada pelos grupos folclóricos da região.
Sé Velha - Séc. XII
Sé Velha
Constitui um dos edifícios em estilo românico mais importantes do país.
A sua construção começou em algum momento depois da Batalha de Ourique (1139), quando Afonso Henriques se declarou rei de Portugal e escolheu Coimbra como capital do reino.
Na Sé está sepultado D. Sesnando, conde de Coimbra.
As obras devem ter começado em tempos do bispo Bernardo (m. 1146), mas o impulso definitivo foi dado em 1162 com o bispo D. Miguel Salomão.
Em 1182 as obras estavam adiantadas o suficiente para que o bispo Bernudos, sucessor de Miguel Salomão, fosse enterrado na nova Sé.
Em 1185, foi aqui coroado o segundo rei de Portugal, D. Sancho I.
Os trabalhos principais terão terminado no início do século XIII, com as obras do claustro começando por volta de 1218, durante o reinado de D. Afonso II.
Atribui-se o projecto da Sé românica a mestre Roberto, de possível origem francesa, que dirigia a construção da Sé de Lisboa na mesma época e visitava Coimbra periodicamente. A direcção das obras ficou a cargo de mestre Bernardo, também possivelmente francês, substituído por mestre Soeiro, um arquitecto que trabalhou depois em outras igrejas na diocese do Porto.
Obras importantes ocorreram no século XVI, quando se decoraram as naves com azulejos, se construiu a Porta Especiosa no lado Norte e se modificou o absidíolo Sul, mas o essencial do edifício românico foi mantido.
Em 1772, vários anos após a expulsão dos Jesuítas pelo Marquês de Pombal, a sede episcopal foi transferida por ele para a antiga Igreja Jesuíta, a Sé Nova de Coimbra.
A Sé Velha de Coimbra é a única das catedrais portuguesas românicas da época da Reconquista a ter sobrevivido relativamente intacta até os nossos dias. A Sé Velha e, em menor grau, as Igrejas de Santiago e São Salvador, são expoentes da fase afonsina do românico coimbrão
Sé Velha Século XIX (antes da actual restauração)
Porta de Almedina - Coimbra Editora (lado direito)
A Porta e Torre de Almedina localizam-se na freguesia de Almedina,
Como o próprio nome indica, constituía-se na porta da almedina, entrada principal da cidade intra-muros.
É acedida a partir da porta da Barbacã, na rua Ferreira Borges, uma das principais artérias da baixa de Coimbra.
Ambas integram o Núcleo da Cidade Muralhada.
História
Assente na parte mais baixa da cerca medieval, a sua edificação poderá remontar à época do conde Sesnando Davides, que conquistou Coimbra em 1064, tendo sido ao longo dos séculos por diversas vezes reformada e remodelada.
Esta porta era defendida, primitivamente, por dois cubelos avançados que, mais tarde, foram ligados por meio de um arco fundo, por sobre o qual foi levantado o forte torreão. O seu aspecto actual poderá ser resultante de uma reforma no início do século XVI, por determinação de Manuel I de Portugal.
Internamente encontra-se decorada com um friso com os baixo-relevos da Virgem com o Menino, ladeada por duas pedras de armas.
Esta era possivelmente uma das torres de maior imponência no perímetro da muralha, devido à sua importância estratégica, uma vez que se constituía no acesso de maior importância, civil e militar, à cidade.
Castelo Viegas
Castelo Viegas foi uma freguesia portuguesa do concelho de Coimbra, com 7,11 km² de área e 1 695 habitantes (2011).
Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Santa Clara, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas coma sede em Santa Clara.
Esta localidade situa-se a sudeste do concelho assente em terreno acidentado, numa zona que se configura de transição para montanha. Castelo Viegas dista 7 quilómetros da sede do concelho e capital de distrito que é a cidade de Coimbra.
Santa Clara e Castelo Viegas (oficialmente: União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas (11 mil e seiscentos habitantes)
A primeira notícia da povoação data do ano de 1122, com o nome de Castel Venegas, nome esse que foi motivado pela existência de uma torre de defesa medieval que se encontrava situada num ponto dominante do lugar (ainda hoje conhecido por "castelo"), torre essa de que hoje já não há vestígios.
Fonte do Ribeiro e Lavadouro (1867).
Naquela zona, é possível observar uma queda de água com quatro metros de altura e ainda conhecer o modo de funcionamento de um antigo moinho.
Castelo Viegas -Queda de Água
Santa Clara (Coimbra)
Santa Clara e Castelo Viegas (oficialmente: União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas (11 mil e seiscentos habitantes)
Santa Clara foi uma freguesia portuguesa do concelho de Coimbra, com 10,16 km² de área e 9 929 habitantes (2011). Densidade: 977,3 hab/km².
Está situado na margem esquerda do rio Mondego.
É uma das maiores freguesias da cidade de Coimbra.
Criada em 1855, a freguesia era também conhecida pelo nome de São Francisco ou São Francisco da Ponte
Ponte sobre o Rio Mondego - Convento de São Francisco da Ponte - Mosteiro de Santa Clara-a-Nova
Mosteiro de Santa Clara-a.Velha - Século XIII
Fundado em 1283, por D. Mor Dias, o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra foi entregue às freiras clarissas pouco depois.
Mas um conflito estala entre os religiosos de Santa Cruz e a fundador do Convento das Clarissas.
Com o falecimento de Dona Mor, que legou os seus bens ao novo convento, o conflito agudizasse e acaba por ser extinto em Dezembro de 1311
Entretanto, desde 1307, Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal interessara-se pelo mesmo, empenhando-se na mediação do conflito que logrou encerrar em 1319.
Nesse interim, alcançou do Papa Clemente V, a 10 de Abril de 1314, a autorização para a refundação do Mosteiro. A partir de então dedicou muito do seu tempo e do seu património ao engrandecimento do mesmo.
Em 1316 iniciam-se as obras da segunda construção, custeada pela rainha, que determinou ainda edificar, junto ao Mosteiro, um hospital para trinta pobres (concluído em 1333) - com cemitério e capela -, e um Paço onde, em 1325, quando enviuvou, se recolheu.
Em 1317 nele se instalam as primeiras freiras, vindas de Zamora.
O arquitecto-régio responsável pelas obras foi o mestre Domingos Domingues, que trabalhou igualmente no claustro do Mosteiro de Alcobaça. Tendo falecido em 1325, foi substituído pelo mestre Estevão Domingues. É sob a orientação deste que se concluem as obras da igreja e se inicia a construção dos claustros do Mosteiro de Santa Clara, entre 1326 e 1327. Os claustros eram abastecidos por um cano de água vindo da Quinta do Pombal (actual Quinta das Lágrimas).
Tendo D. Dinis de Portugal falecido em 1325, pouco depois da sua morte, D. Isabel recolheu-se ao Mosteiro, tomando o hábito das Clarissas mas não fazendo votos, o que lhe permitia manter a sua fortuna, que usava para a caridade.
Fez o seu testamento em 1328, nele tendo deixado expressa a sua vontade em ser sepultada no Mosteiro, legando bens e recursos para a construção de uma capela, para as obras do convento, e para o mantimento das Donas. Viria a falecer em Estremoz, em 4 de Julho de 1336.
Coimbra - Convento de São Francisco - Séc. XVI
A data exacta da chegada dos primeiros Franciscanos a Coimbra é incerta, mas sabe-se que a sua presença na cidade é anterior a 1226. De início, tratava-se de uma pequena comunidade de frades, descendentes dos fundadores da Ordem, cuja presença na cidade é associada ao episódio dos cinco Mártires de Marrocos.
Em 1247, a fundação do edifício primitivo do Convento de São Francisco supõe o crescimento da presença de Franciscanos em Coimbra. Situado junto à Ponte de Santa Clara, na margem esquerda do Mondego, o nome do antigo Convento perdurou na memória colectiva como São Francisco da Ponte.
A subida do leito do Mondego, responsável por sucessivas inundações e assoreamentos, obrigou os frades a construir um novo edifício num local mais seguro, no sopé da colina de Santa Clara. A Bula do Papa Júlio II, concedida a D. Manuel em 1506, autorizou a mudança da Ordem, mas o primitivo Convento só foi definitivamente abandonado em finais do século XVI. Apesar de devoluto, o edifício ainda foi arrendado, por um período de dois anos, antes de ser destruído em 1641.
A primeira pedra do novo Convento de São Francisco terá sido lançada a 2 de maio de 1602, com projeto, provavelmente, da autoria do arquiteto Vicenzo Cazale. Para a sua construção, foi necessário recorrer a peditório de esmolas e a donativos, além da reutilização de materiais da anterior edificação.
A 29 de Novembro de 1609, os Franciscanos ocuparam o novo Convento, embora as obras se tenham prolongado até ao final do século. A Venerável Ordem Terceira foi instituída no Convento de São Francisco em 1659. O convívio com os frades nem sempre foi tranquilo e esteve na origem de muitas transformações em diversos espaços conventuais e na igreja.
Em Coimbra, a participação da população na guerra de resistência contra as tropas francesas foi impressionante, alastrando-se aos mais diversos sectores da sociedade local, com implicações directas no novo edifício do Convento de São Francisco.
Durante o período das Invasões Francesas (1807-1810), as tropas ocuparam o Convento, que terá servido de quartel e hospital, deixando um rasto de pilhagem, destruição e morte.
Nas campanhas arqueológicas, realizadas entre 2010 e 2013, foram descobertas ossadas e outros vestígios, nomeadamente botões, fivelas e medalhas, que deverão ter pertencido a soldados das invasões napoleónicas.
Durante o século XIX, com a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, o Convento viria a assumir outras funcionalidades. A 20 de Novembro de 1854, a igreja do Convento de São Francisco passou a sede da nova freguesia de Santa Clara. Em 1875, a igreja foi desanexada e a ordem de profanação do extinto Convento foi participada pelos párocos de Santa Clara e de S. Bartolomeu. A antiga igreja transformou-se numa fábrica de massas alimentícias, propriedade de José Vitorino Botelho de Miranda.
Vendidos em 1842, a José Mello Soares Albergaria, os espaços conventuais acolheram uma fábrica a vapor para a fiação, torcedura, tecelagem e tinturaria de algodão, lã e seda. Constituída em 1875, com a designação de Companhia de Fiação e Tecidos de Coimbra, esta unidade fabril encerrou poucos anos depois. No ano de 1884, o edifício conventual pertencia a José Lopes Guimarães, dono de grandes armazéns de vinho.
A sociedade de comércio e indústria Peig, Planas e C.ª foi constituída em Julho de 1888 e instalou no Convento uma unidade fabril têxtil. À época, as instalações da fábrica eram arrendadas a Emídio Júlio Navarro. Dedicada à fiação e manufactura de tecidos de lã e estambre, a Fábrica Planas ocupou a totalidade dos espaços conventuais e a igreja, conjugando teares mecânicos e manuais.
A laborar durante quase um século, a unidade fabril transformou-se em Clarcoop - tecidos e confecções em finais dos anos 70 do século XX. Mantendo-se a funcionar com esta designação durante os anos 80, esta cooperativa era constituída por trabalhadores da antiga Fábrica de Lanifícios de Santa Clara e, em menor número, provenientes de outras fábricas têxteis instaladas em Coimbra e proximidades.
No âmbito da reabertura do Convento São Francisco, em Abril de 2016, a Câmara Municipal de Coimbra desenvolveu o projecto de arte urbana FIO / Memórias como Matéria-Prima. Dedicado à memória do trabalho na Fábrica de Lanifícios de Santa Clara, foi dado especial protagonismo aos seus antigos proprietários e aos que nela trabalharam. A pintura dos seus rostos, pelo artista Samina, em diversos murais espalhados pela cidade e localidades do concelho de Coimbra, foi uma forma de homenagear os últimos habitantes do antigo Convento.
Em Julho de 1986, o edifício foi adquirido pela Câmara Municipal de Coimbra. Após vários anos sem ocupação permanente e com eventos pontuais, sobretudo do domínio artístico, as obras de requalificação do antigo Convento de São Francisco tiveram início em Outubro de 2010.
Da autoria do arquitecto João Luís Carrilho da Graça, o projecto concretizado pela Câmara Municipal de Coimbra, com financiamento comunitário do POVT-QREN, reabilitou o Convento, conferindo-lhe uma dinâmica contemporânea, ainda que mantendo a traça original, contemplando também a construção de raiz de um auditório com capacidade para 1125 lugares.
No ano de 2015, foi iniciada a obra de recuperação da antiga igreja do Convento de São Francisco que, tendo regressado, em 1996, à posse da Diocese de Coimbra, foi por esta novamente entregue à Câmara Municipal de Coimbra em janeiro de 2009. O projeto de arquitetura de recuperação da igreja é da responsabilidade de Gonçalo Byrne.
Esta intervenção municipal dotou o Convento São Francisco de um auditório, único no país, e de várias salas polivalentes, que transformaram o edifício num Centro Cultural e de Congressos, reaberto ao público a 8 de Abril de 2016. Um espaço com características únicas no contexto nacional que contribui para o enriquecimento e notoriedade cultural de Coimbra. O equipamento municipal é também um agente de desenvolvimento económico do território, impulsionando diversos sectores estratégicos, designadamente o turismo.
Actualmente, o Convento São Francisco - Coimbra Cultura e Congressos - Património Municipal é um espaço multifuncional que conjuga a economia, a cultura, o conhecimento e a inovação ao serviço do desenvolvimento da cidade, da região e do país. Enquanto estrutura municipal que acolhe e produz eventos nessas diversas áreas, justifica uma estratégia de sucesso, apostando na qualidade dos serviços prestados e da programação apresentada.
A fabulosa história de D. Inês de Castro e de D. Pedro tem simultaneamente uma base histórica e lendária, persistência mítica que se tem mantido ao longo de todos estes séculos, mantendo a sua ligação à Quinta das Lágrimas. D. Inês de Castro, fidalga galega e descendente de família real por via bastarda, veio para Portugal na companhia de D. Constança, noiva do Infante D. Pedro, filho do Rei D. Afonso IV.
No entanto, foi por D. Inês que D. Pedro se apaixonou e rapidamente iniciaram uma relação sentimental. Quando D. Constança descobre o sucedido, tenta inviabilizar essa ligação, convidando D. Inês de Castro para madrinha de um filho, o que naquela época a impedia de ter uma relação com o pai do seu sobrinho.
Entretanto D. Constança morre (deixando apenas um filho, o futuro Rei D. Fernando) e só depois de D. Pedro enviuvar em 1348 ou 1349 é que o herdeiro do trono e a dama galega iniciaram uma vida em comum “fazendo maridança”, segundo a expressão de Fernão Lopes, na Crónica de D. Pedro.
O casal assume assim a sua relação e vai viver para o Palácio anexo ao Convento de Santa Clara, situado junto ao Rio Mondego e à Quinta das Lágrimas, que fora construído pela Rainha D. Isabel, Avó de D. Pedro, que viria a ser canonizada com o nome de Rainha Santa. Durante os anos que viveram em Coimbra, frequentaram os jardins e a mata contígua à Fonte dos Amores. Realmente, em 1326, a Rainha Santa tinha comprado aos Frades de Santa Cruz o direito à água que jorrava de duas nascentes ali situadas, para abastecer o Convento de Santa Clara.
D. Inês de Castro tinha irmãos, os poderosos Castro, fidalgos que começaram a conspirar para convencer D. Pedro a considerar-se com direitos ao trono de Castela e Leão, o que mais tarde permitiria a um futuro filho de Pedro e Inês governar o poderoso reino ibérico. D. Afonso IV (preocupando-se com a independência portuguesa) reagiu mal contra tais ideias e os seus conselheiros facilmente o persuadiram a afastar o Príncipe herdeiro de D. Inês. Perante a recusa deste em aceitar esse afastamento, e aproveitando uma ausência do Príncipe, planeou-se um julgamento em Montemor-o-Velho, que condenava D. Inês de Castro à morte. Assim sendo, a futura rainha de Portugal morreu em 7 de Janeiro de 1355, degolada, conforme convinha a uma pessoa da sua condição.
D. Pedro reagiu com violência à execução da sua amada e mãe de três dos seus filhos e iniciou um período de guerra civil contra o Rei, seu pai, que só terminou devido à intervenção mediadora da Rainha de Portugal, sua Mãe. Quando subiu ao trono pela morte de D. Afonso IV, em 1357, anunciou que tinha casado secretamente com D. Inês e que assim passava a ser Rainha de Portugal. Mandou então construir em Alcobaça túmulos para si e para ela, conduzindo os seus restos mortais do Convento de Santa Clara de Coimbra àquele Mosteiro, e exigindo que todas as classes (clero, nobreza e povo) lhe prestassem homenagem.
Conseguiu ainda que o Rei de Castela lhe entregasse dois dos três fidalgos que tinham aconselhado D. Afonso IV a condenar à morte D. Inês, e arrancou pessoalmente o coração a ambos, abrindo o peito a um e as costas ao outro ainda em vida, dizendo que homens que haviam matado uma mulher inocente não podiam ter coração.
Em 1247, a fundação do edifício primitivo do Convento de São Francisco supõe o crescimento da presença de Franciscanos em Coimbra. Situado junto à Ponte de Santa Clara, na margem esquerda do Mondego, o nome do antigo Convento perdurou na memória colectiva como São Francisco da Ponte.
A subida do leito do Mondego, responsável por sucessivas inundações e assoreamentos, obrigou os frades a construir um novo edifício num local mais seguro, no sopé da colina de Santa Clara. A Bula do Papa Júlio II, concedida a D. Manuel em 1506, autorizou a mudança da Ordem, mas o primitivo Convento só foi definitivamente abandonado em finais do século XVI. Apesar de devoluto, o edifício ainda foi arrendado, por um período de dois anos, antes de ser destruído em 1641.
A primeira pedra do novo Convento de São Francisco terá sido lançada a 2 de maio de 1602, com projeto, provavelmente, da autoria do arquiteto Vicenzo Cazale. Para a sua construção, foi necessário recorrer a peditório de esmolas e a donativos, além da reutilização de materiais da anterior edificação.
A 29 de Novembro de 1609, os Franciscanos ocuparam o novo Convento, embora as obras se tenham prolongado até ao final do século. A Venerável Ordem Terceira foi instituída no Convento de São Francisco em 1659. O convívio com os frades nem sempre foi tranquilo e esteve na origem de muitas transformações em diversos espaços conventuais e na igreja.
Em Coimbra, a participação da população na guerra de resistência contra as tropas francesas foi impressionante, alastrando-se aos mais diversos sectores da sociedade local, com implicações directas no novo edifício do Convento de São Francisco.
Durante o período das Invasões Francesas (1807-1810), as tropas ocuparam o Convento, que terá servido de quartel e hospital, deixando um rasto de pilhagem, destruição e morte.
Nas campanhas arqueológicas, realizadas entre 2010 e 2013, foram descobertas ossadas e outros vestígios, nomeadamente botões, fivelas e medalhas, que deverão ter pertencido a soldados das invasões napoleónicas.
Durante o século XIX, com a extinção das Ordens Religiosas, em 1834, o Convento viria a assumir outras funcionalidades. A 20 de Novembro de 1854, a igreja do Convento de São Francisco passou a sede da nova freguesia de Santa Clara. Em 1875, a igreja foi desanexada e a ordem de profanação do extinto Convento foi participada pelos párocos de Santa Clara e de S. Bartolomeu. A antiga igreja transformou-se numa fábrica de massas alimentícias, propriedade de José Vitorino Botelho de Miranda.
Vendidos em 1842, a José Mello Soares Albergaria, os espaços conventuais acolheram uma fábrica a vapor para a fiação, torcedura, tecelagem e tinturaria de algodão, lã e seda. Constituída em 1875, com a designação de Companhia de Fiação e Tecidos de Coimbra, esta unidade fabril encerrou poucos anos depois. No ano de 1884, o edifício conventual pertencia a José Lopes Guimarães, dono de grandes armazéns de vinho.
A sociedade de comércio e indústria Peig, Planas e C.ª foi constituída em Julho de 1888 e instalou no Convento uma unidade fabril têxtil. À época, as instalações da fábrica eram arrendadas a Emídio Júlio Navarro. Dedicada à fiação e manufactura de tecidos de lã e estambre, a Fábrica Planas ocupou a totalidade dos espaços conventuais e a igreja, conjugando teares mecânicos e manuais.
A laborar durante quase um século, a unidade fabril transformou-se em Clarcoop - tecidos e confecções em finais dos anos 70 do século XX. Mantendo-se a funcionar com esta designação durante os anos 80, esta cooperativa era constituída por trabalhadores da antiga Fábrica de Lanifícios de Santa Clara e, em menor número, provenientes de outras fábricas têxteis instaladas em Coimbra e proximidades.
No âmbito da reabertura do Convento São Francisco, em Abril de 2016, a Câmara Municipal de Coimbra desenvolveu o projecto de arte urbana FIO / Memórias como Matéria-Prima. Dedicado à memória do trabalho na Fábrica de Lanifícios de Santa Clara, foi dado especial protagonismo aos seus antigos proprietários e aos que nela trabalharam. A pintura dos seus rostos, pelo artista Samina, em diversos murais espalhados pela cidade e localidades do concelho de Coimbra, foi uma forma de homenagear os últimos habitantes do antigo Convento.
Em Julho de 1986, o edifício foi adquirido pela Câmara Municipal de Coimbra. Após vários anos sem ocupação permanente e com eventos pontuais, sobretudo do domínio artístico, as obras de requalificação do antigo Convento de São Francisco tiveram início em Outubro de 2010.
Da autoria do arquitecto João Luís Carrilho da Graça, o projecto concretizado pela Câmara Municipal de Coimbra, com financiamento comunitário do POVT-QREN, reabilitou o Convento, conferindo-lhe uma dinâmica contemporânea, ainda que mantendo a traça original, contemplando também a construção de raiz de um auditório com capacidade para 1125 lugares.
No ano de 2015, foi iniciada a obra de recuperação da antiga igreja do Convento de São Francisco que, tendo regressado, em 1996, à posse da Diocese de Coimbra, foi por esta novamente entregue à Câmara Municipal de Coimbra em janeiro de 2009. O projeto de arquitetura de recuperação da igreja é da responsabilidade de Gonçalo Byrne.
Esta intervenção municipal dotou o Convento São Francisco de um auditório, único no país, e de várias salas polivalentes, que transformaram o edifício num Centro Cultural e de Congressos, reaberto ao público a 8 de Abril de 2016. Um espaço com características únicas no contexto nacional que contribui para o enriquecimento e notoriedade cultural de Coimbra. O equipamento municipal é também um agente de desenvolvimento económico do território, impulsionando diversos sectores estratégicos, designadamente o turismo.
Actualmente, o Convento São Francisco - Coimbra Cultura e Congressos - Património Municipal é um espaço multifuncional que conjuga a economia, a cultura, o conhecimento e a inovação ao serviço do desenvolvimento da cidade, da região e do país. Enquanto estrutura municipal que acolhe e produz eventos nessas diversas áreas, justifica uma estratégia de sucesso, apostando na qualidade dos serviços prestados e da programação apresentada.
Quinta das Lágrimas - Fonte dos Amores
No entanto, foi por D. Inês que D. Pedro se apaixonou e rapidamente iniciaram uma relação sentimental. Quando D. Constança descobre o sucedido, tenta inviabilizar essa ligação, convidando D. Inês de Castro para madrinha de um filho, o que naquela época a impedia de ter uma relação com o pai do seu sobrinho.
Entretanto D. Constança morre (deixando apenas um filho, o futuro Rei D. Fernando) e só depois de D. Pedro enviuvar em 1348 ou 1349 é que o herdeiro do trono e a dama galega iniciaram uma vida em comum “fazendo maridança”, segundo a expressão de Fernão Lopes, na Crónica de D. Pedro.
O casal assume assim a sua relação e vai viver para o Palácio anexo ao Convento de Santa Clara, situado junto ao Rio Mondego e à Quinta das Lágrimas, que fora construído pela Rainha D. Isabel, Avó de D. Pedro, que viria a ser canonizada com o nome de Rainha Santa. Durante os anos que viveram em Coimbra, frequentaram os jardins e a mata contígua à Fonte dos Amores. Realmente, em 1326, a Rainha Santa tinha comprado aos Frades de Santa Cruz o direito à água que jorrava de duas nascentes ali situadas, para abastecer o Convento de Santa Clara.
D. Inês de Castro tinha irmãos, os poderosos Castro, fidalgos que começaram a conspirar para convencer D. Pedro a considerar-se com direitos ao trono de Castela e Leão, o que mais tarde permitiria a um futuro filho de Pedro e Inês governar o poderoso reino ibérico. D. Afonso IV (preocupando-se com a independência portuguesa) reagiu mal contra tais ideias e os seus conselheiros facilmente o persuadiram a afastar o Príncipe herdeiro de D. Inês. Perante a recusa deste em aceitar esse afastamento, e aproveitando uma ausência do Príncipe, planeou-se um julgamento em Montemor-o-Velho, que condenava D. Inês de Castro à morte. Assim sendo, a futura rainha de Portugal morreu em 7 de Janeiro de 1355, degolada, conforme convinha a uma pessoa da sua condição.
Quinta das Lágrimas - Fonte das Lágrimas
D. Pedro reagiu com violência à execução da sua amada e mãe de três dos seus filhos e iniciou um período de guerra civil contra o Rei, seu pai, que só terminou devido à intervenção mediadora da Rainha de Portugal, sua Mãe. Quando subiu ao trono pela morte de D. Afonso IV, em 1357, anunciou que tinha casado secretamente com D. Inês e que assim passava a ser Rainha de Portugal. Mandou então construir em Alcobaça túmulos para si e para ela, conduzindo os seus restos mortais do Convento de Santa Clara de Coimbra àquele Mosteiro, e exigindo que todas as classes (clero, nobreza e povo) lhe prestassem homenagem.
Conseguiu ainda que o Rei de Castela lhe entregasse dois dos três fidalgos que tinham aconselhado D. Afonso IV a condenar à morte D. Inês, e arrancou pessoalmente o coração a ambos, abrindo o peito a um e as costas ao outro ainda em vida, dizendo que homens que haviam matado uma mulher inocente não podiam ter coração.
Portugal dos Pequenitos
Foi iniciado em 1938, por iniciativa do professor Bissaya Barreto, com projecto do arquitecto Cassiano Branco, vindo a ser inaugurado em 8 de Junho de 1940, razão pela qual a sua concepção e arquitectura estão fortemente imbuídas do espírito idealista e nacionalista do Estado Novo Português. A sua construção desenvolveu-se em três etapas:
A primeira fase, entre 1938 e 1940, é constituída pelo conjunto de casas regionais portuguesas: solares de Trás-os-Montes e Minho, casas típicas de cada região do país com pomares, hortas e jardins, capelas, azenhas e pelourinhos. A este núcleo, pertence também o conjunto de Coimbra, espaço onde se encontram representados os monumentos mais importantes da cidade;
A segunda fase integra a chamada "área monumental", espaço ilustrativo dos monumentos mais representativos, de norte a sul do país.
A terceira fase, concluída em finais da década de 1950, engloba a representação monumental e etnográfica das então províncias ultramarinas em África, do Brasil, de Macau, do Estado Português da Índia e de Timor Português, cercados por exemplares da flora nativa destas regiões. Compreende também as representações dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Santa Cruz (Coimbra)
União das Freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu e tem a sede em Sé Nova
Igreja de Santa Cruz - Panteão Real - Século XII
Iniciado em 1131, sob o patrocínio de D. Afonso Henriques, e entregue à ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
De entre os notáveis que frequentaram a escola do Mosteiro, destaca-se Santo António, que em Coimbra tomou as ordens de S. Francisco.
A igreja românica teve plano do arquitecto francês Roberto.
Das obras promovidas pelo Rei D. Manuel I, destacam-se as abóbadas atribuídas a mestre Boitaca, ou o notável cadeiral manuelino, de 1513, e cujo coroamento tem temática alusiva aos Descobrimentos Portugueses.
Merecem igual destaque as encomendas régias a Nicolau Chanterenne, para a execução dos jacentes dos túmulos reais, em estilo renascentista.
Afonso Henriques e Sancho I, primeiros reis de Portugal, repousam em elegantes arcas tumulares, na capela-mor da igreja, hoje Panteão Nacional.
A fachada do mosteiro exibe elementos estruturais românicos conjugados com a decoração do portal, do século XVI.
O Arco Triunfal que precede a frontaria é do século XIX.
O Claustro do Silêncio é manuelino do século XVI, e inclui quatro baixos-relevos, com cenas da Paixão, da autoria de Nicolau Chanterenne.
Nas traseiras do conjunto monástico, situa-se o Claustro da Manga, bela construção renascentista de uma pureza de estilo raramente ultrapassada. A obra, antigamente conhecida por Fonte da Manga, situava-se no centro de um dos três claustros do Mosteiro de Santa Cruz.
D. Afonso Henriques D. Sancho I
Afonso Henriques e Sancho I, primeiros Reis de Portugal, repousam em elegantes arcas tumulares, na capela-mor da igreja
Jardim da Manga
Jardim da Manga
É uma das primeiras obras arquitectónicas inteiramente renascentistas feitas em Portugal e a sua estrutura é evocativa da Fonte da Vida.
Remonta à antiga Fonte da Manga, do Mosteiro de Santa Cruz, pertencente aos monges da Ordem de Santo Agostinho, erguida em 1528.
O jardim é dominado por uma edificação, de que actualmente nos restam apenas a cúpula e fonte centrais, ligadas a quatro pequenas capelas e circundadas por pequenos lagos de forma rectangular. Nas capelas destacam-se três pequenos retábulos, muito mutilados, atribuídos a João de Ruão. Originalmente eram quatro.
Acerca de sua construção e toponímia, a tradição local afirma que, certo dia em que o rei João III de Portugal visitava o mosteiro, e deparando com um amplo espaço desaproveitado, esboçou na manga do seu gibão um claustro e jardim circundante, que mandou depois executar.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1934.
Campus universitário
Rua de Santa Sophia - Rua da Sofia -
Com o pensamento na transferência da Universidade para Coimbra -D. João III- em 1537 encarregou Frei Braz de Barros de planear um campus universitário e com o apoio dos frades cruzeos construir um vasto conjunto de colégios, igrejas e mosteiros para alojar estudantes , professores, funcionários.
Foi assim que a partir de 1536 se começou a rasgar a Rua da Sofia a partir do Mosteiro de Santa Cruz (Largo de Sansão) em direcção a NO entre o velho e tortuoso casario da Baixa e o sopé das colinas de Montarroio e da Conchada.
Entre Colégios, Igrejas e Conventos ao longo dos tempos, foram erigidos 28 edifícios
Campus universitário
Rua de Santa Sophia - Rua da Sofia -
Com o pensamento na transferência da Universidade para Coimbra -D. João III- em 1537 encarregou Frei Braz de Barros de planear um campus universitário e com o apoio dos frades cruzeos construir um vasto conjunto de colégios, igrejas e mosteiros para alojar estudantes , professores, funcionários.
Foi assim que a partir de 1536 se começou a rasgar a Rua da Sofia a partir do Mosteiro de Santa Cruz (Largo de Sansão) em direcção a NO entre o velho e tortuoso casario da Baixa e o sopé das colinas de Montarroio e da Conchada.
Entre Colégios, Igrejas e Conventos ao longo dos tempos, foram erigidos 28 edifícios
Santo António dos Olivais
Criada em 20 de Novembro de 1854
Actualmente (2017) 39 mil habitantes sendo a maior freguesia do Distrito e uma das mais populosas do território nacional.´
Igreja de Santo António dos Olivais - Coimbra
A primitiva ocupação religiosa do local remonta à existência de uma capela sob a invocação de Santo Antão, pelo menos no início século XIII.
Em 1217-1218 foi aqui fundado um convento da Ordem dos Frades Menores que, no entanto, optaram por se transferir para o Convento de São Francisco da Ponte em 1247.
A capela, entretanto dedicada a Santo António, foi entregue ao cabido catedralício, responsável pela campanha de ampliação da ermida, ocorrida no século XV.
O pórtico que se observa actualmente, remonta a esta intervenção quatrocentista.
Durante o século XVI os franciscanos capuchos da Província da Piedade tornaram-se proprietários do templo, que mais tarde foi entregue à Província da Soledade, em função da divisão administrativa da Ordem, em 1673.
A igreja conheceu nova intervenção arquitectónica no período barroco, que lhe conferiu o aspecto actual.
Imóvel de Interesse Público desde 1963.
Claustro do Convento de Celas - Coimbra
Fundado nos inícios do século XIII por D. Sancha, infanta filha de D. Sancho I, a igreja do mosteiro só haveria de ser sagrada quase um século depois, em 1293. Infelizmente, conhecemos muito mal a marcha das obras medievais e, até as suas características básicas. Na actualidade, apenas duas parcelas podem considerar-se do projecto medieval.
O actual corpo da igreja, de planta circular e edificado à maneira de uma rotunda, tem vindo a ser atribuído às primeiras décadas do século XVI, altura em que a abadessa D. Leonor de Vasconcelos empreendeu numerosas obras
São Bartolomeu (Coimbra)
União das Freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu e tem a sede em Sé Nova
Igreja de São Bartolomeu - Coimbra
A sua edificação é muito antiga, sabendo-se que existia já em meados do século X, conforme testemunha um documento que informa que a igreja foi doada ao Mosteiro do Lorvão já em 957.
O primitivo templo foi reedificado no século XII em estilo românico.
A sua atual feição data da reconstrução empreendida no século XVIII, devido ao estado de ruína em que o anterior então se encontrava.
As obras tiveram início em 16 de Julho de 1756.
O actual templo foi erguido com traça em estilo barroco muito simples.
No exterior, são de realçar o portal e as duas torres sineiras.
O interior é constituído por uma nave e uma capela-mor, onde se pode observar um retábulo de talha dourada e marmoreada, típico do século XVIII coimbrão e semelhante ao retábulo principal do Mosteiro de Santa Cruz. O retábulo-mor enquadra uma grande tela, assinada pelo pintor italiano Pascoal Parente, alusiva ao Martírio de São Bartolomeu. Do lado do Evangelho, em um retábulo em estilo maneirista que remonta ao século XVI, destacam-se as pinturas alusivas à Morte e Ressurreição de Cristo.
Igreja Santiago - Coimbra
Igreja românica datada do último quartel do século XII, altura em que acolhia os peregrinos que se dirigiam ao Santuário de Santiago de Compostela.
As obras do templo foram iniciadas antes do ano de 957, como comprova um documento onde este é doado ao Mosteiro de Lorvão
O templo, de três naves, foi sagrado em 1206.
Sofreu transformações nos séculos XVI, XVIII e XIX.
No exterior, salientam-se o óculo e o portal com colunas e capitéis decorados.
Uma importante mutilação da igreja ocorreu em 1861, aquando do alargamento da atual rua Visconde da Luz.
Nessa obra se perdeu grande parte do absidíolo sul e capela principal.
Sé Nova
União das Freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, pela agregação das antigas freguesias de Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu e tem a sede em Sé Nova
Sé Nova - Séc. XVI/XVII
Próximo da Universidade de Coimbra, o Colégio das Onze Mil Virgens (vulgarmente designado de Sé Nova), é de origem Jesuíta, ao que os seus clérigos se haviam instalado em Coimbra em 1541. O templo começou a ser construído em 1598, com projecto do arquitecto oficial dos jesuítas de Portugal, Baltazar Álvares, influenciado pela igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.
As obras desenvolveram-se com lentidão, e o culto somente se iniciou em 1640, sendo o templo inaugurado apenas em 1698.
Em 1759, os Jesuítas foram banidos de Portugal pelo Marquês de Pombal e, em 1772, a sede episcopal de Coimbra foi transferida da ilustre Catedral de Coimbra Igreja de Santa Maria denominada Sé Velha (arquitetonicamente românica), para a igreja jesuíta somente por este colégio ser maior e poder albergar mais pessoas.
A fachada da Sé Nova é marcada por fortes e simples linhas e possui quatro estátuas de santos jesuítas.
A parte superior da fachada, terminada só no século XVIII, tem decoração barroca e contrasta com as partes inferiores, em estilo maneirista.
O interior é de uma só nave abobadada com capelas laterais e transepto com cúpula e lanternim. O transepto e a capela-mor estão decorados com enormes e magníficos retábulos de talha dourada, construídos em finais do século XVII e princípios do século XVIII. As capelas laterais contém vários retábulos maneiristas e barrocos, pelo que a capela lateral direita foi edificada pela família do Dr. Francisco da Fonseca aonde a mesma ostenta o brasão de armas heráldico do mesmo, pelo que se lê "Esta capela é do Doutor Francisco da Fonseca, Lente de leis nesta Universidade de Coimbra, o qual está sepultado. Faleceu aos 30 de Agosto de 1631. Por sua alma se dizem todos os anos 25 missas. Está também nela sepultado sua mulher D. Luisa de Vasconcellos, faleceu a 29 de Agosto de 1661. Tem missa quotidiana e dela deixou seus bens com que se ornou a capela na sua forma que se vê. Ano de 1688".
O cadeiral da capela-mor, do século XVII, foi trazido da ilustrissima Sé Igreja de Santa Maria - Sé Velha, - assim como também a magnífica pia baptismal que se encontra na capela lateral esquerda junto à entrada, esculpida em estilo gótico-manuelino por Pero e Felipe Henriques no início do século XV
A fachada da Sé Nova é marcada por fortes e simples linhas e possui quatro estátuas de santos jesuítas.
A parte superior da fachada, terminada só no século XVIII, tem decoração barroca e contrasta com as partes inferiores, em estilo maneirista.
O interior é de uma só nave abobadada com capelas laterais e transepto com cúpula e lanternim. O transepto e a capela-mor estão decorados com enormes e magníficos retábulos de talha dourada, construídos em finais do século XVII e princípios do século XVIII. As capelas laterais contém vários retábulos maneiristas e barrocos, pelo que a capela lateral direita foi edificada pela família do Dr. Francisco da Fonseca aonde a mesma ostenta o brasão de armas heráldico do mesmo, pelo que se lê "Esta capela é do Doutor Francisco da Fonseca, Lente de leis nesta Universidade de Coimbra, o qual está sepultado. Faleceu aos 30 de Agosto de 1631. Por sua alma se dizem todos os anos 25 missas. Está também nela sepultado sua mulher D. Luisa de Vasconcellos, faleceu a 29 de Agosto de 1661. Tem missa quotidiana e dela deixou seus bens com que se ornou a capela na sua forma que se vê. Ano de 1688".
O cadeiral da capela-mor, do século XVII, foi trazido da ilustrissima Sé Igreja de Santa Maria - Sé Velha, - assim como também a magnífica pia baptismal que se encontra na capela lateral esquerda junto à entrada, esculpida em estilo gótico-manuelino por Pero e Felipe Henriques no início do século XV
Museu Machado de Castro
O Museu Nacional Machado de Castro abriu ao público em Outubro de 1913, tendo sido elevado à categoria de Museu Nacional no ano de 1965. Depois de uma requalificação recente é possível conhecer o Criptopórtico romano de Aeminium
O conjunto dos seus edifícios foi classificado em 1910 como Monumento Nacional.
O antigo Paço Episcopal assenta sobre o Criptopórtico do fórum de Aeminium, datado do século I d.c., constituindo a mais significativa construção romana conservada em território nacional.
Os diversos edifícios foram sendo erguidos ao longo dos séculos XII-XVIII, com a função de servir como residência episcopal.
Das suas várias remodelações, destacam-se os vestígios de parte do claustro românico do período "Condal" (c. 1100-1140), a sua clássica e harmoniosa "Loggia" dos finais do séc. XVI e o templo barroco de São João de Almedina, construído entre os finais do século XVII e os inícios do seguinte.
O nome do Museu foi adoptado como forma de homenagear um dos maiores vultos da escultura nacional. Com efeito, Joaquim Machado de Castro (1731-1822) nasceu em Coimbra e foi escultor régio durante os reinados de D. José I, D. Maria e de D. João VI.
O património artístico do Museu Nacional de Machado de Castro é formado por diversas colecções que testemunham a riqueza da Igreja e a importância do mecenato régio, às quais foram ligadas as mais significativas obras de arte e alfaias religiosas do acervo. O seu espólio foi ainda enriquecido com diversas outras aquisições, legados e doações efectuados por particulares.
Destaca-se a escultura monocromática ou polícroma, em pedra e madeira, ilustrando através de numerosas obras-primas o labor das melhores oficinas flamengas e, igualmente, a evolução das escolas portuguesas, ao longo da Idade Média até ao final do século XVIII. Contudo, os núcleos de ourivesaria, pintura, cerâmica e têxteis impõem-se com igual importância e representatividade para a arte importada e no panorama da produção nacional. Destaque ainda para as colecções arqueológicas e as se que referem à arte oriental.
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